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Flávio Dino e os seus…

Figuras como Raimundo Cutrim, Simplício Araújo, Waldir Maranhão e Domingos Dutra – ou adesistas como Marcos Caldas, Camilo Figueiredo e Hélio Soares – ficam de fora do projeto comunista, formatado para manter apenas o chefe e os antigos aliados no poder

 

Quem observa com mais atenção as indicações do governador eleito Flávio Dino para o seu secretariado, percebe claramente que nos círculos de poder comunista não há espaço para apoiadores indesejáveis ou aliados de última hora.

Com Jerry: ninguém é mais forte que ele

Está cada vez mais claro que Flávio Dino exerce o poder com os seus e para os seus.

Os indicados para o secretariado, até agora, compõem exatamente os círculos de relações mais próximas do governador eleito e aqueles com os quais ele mantém relação afetiva.

Cita-se, por exemplo – e pela ordem de proximidade com o chefe –  os indicados Márcio Jerry, Chico Gonçalves, Bira do Pindaré, Jefferson Portela, Rodrigo Lago, Clayton Noleto e Marcelo Tavares.

Com Gonçalves a relação é antiga e respeitosa

Dino, desde sempre, nutriu antipatia pelo estilo dos deputados Simplício Araújo (SDD), Waldir Maranhão (PP) e Domingos Dutra (PT).

Nenhum deles, portanto, parece ter chances de assumir postos de importância no primeiro escalão do governo dinista.

O governador eleito vai fechando cada porta de interesses dessas figuras.

Até a nomeação de Neto Evangelista (PSDB) visou proteger um aliado, Chico Leitoa (PDT), dando ao seu sobrinho, Rafael, vaga na Assembleia Legislativa.

Os adesistas também parecem não merecer atenção do comunista.

Tavares: respeito e admiração

Sejam os antigos, como o deputado Raimundo Cutrim, sejam os de última hora, como  os colegas dele Marcos Caldas (PRB), Camilo Figueiredo (PSD) e Hélio Soares (PMDB).

Tanto estes quanto os que já se movimentam nos pós-eleição são vistos como meros “oportunistas do poder”, pra usar uma expressão dos próprios dinistas.

Cutrim transferiu-se para o PCdoB ainda em 2013, após conflito de interesses com o então secretário de Segurança, Aluísio Mendes.

Apostou que, entre os comunistas, teria espaço na Segurança Pública. Não teve.

Bira: ouro amigo do peito

Marcos Caldas, Hélio Soares e Camilo Figueiredo tomaram decisões precipitadas, tentando salvar o mandato na Assembleia.

Aderiram sem necessidade e estão agora na fila de espera dos possíveis agraciados com cargos ou espaços de poder no futuro governo.

Quem conhece o governador eleito desde as suas origens políticas, sabe do tipo de liderança que ele é:  espaçoso e generoso em larga medida com os que o agradam. Mas rancoroso, vingativo e  impiedoso na mesma medida com quem ele não nutre simpatia.

Quem aderiu por interesses ou faz gracejos para se proteger, portanto, tem que ter consciência disto.

Por que sempre estarão no rabo da fila…

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