Incapaz de tomar as próprias decisões, prefeito de São Luís submete ao governador eleito até a sua política de alianças ou aproximação com partidos, com medo de ser hostilizado pelo padrinho político
O prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (PTC) não vai se filiar ao PT, como esperam as várias correntes do partido da presidente Dilma Rousseff.
E não vai se filiar por que teme represália de seu padrinho p0olítico, o governador eleito Flávio Dino (PCdoB), tutor de suas ações.
Holandinha sabe que, ao entrar no PT, passará a ser o prefeito de todo o partido – incluindo os sarnopetistas, a corrente que apoia o governo Roseana Sarney (PMDB) e fez campanha contra o comunista. E para Dino, rancoroso, essa corrente deve receber todas as represálias políticas de seus aliados.
É pela submissão que demonstra a Flávio Dino que Holandinha também teme reforçar seu governo com técnicos preparados pelo PV na área de Meio Ambiente.
A pasta está aberta desde que o seu padrinho levou para o governo o titular Rodrigo Maia. O prefeito chegou a conversar com os deputados estaduais Victor Mendes e Edilázio Júnior, e cogitou ceder a pasta ao PV. Mas recuou por que a legenda tem também em seus quadros os deputados Sarney Filho e Adriano Sarney.
É desta forma, inseguro, incapaz de resolver seus próprios problemas e de tomar as rédeas de sua gestão, que Holandinha vai se deixando tutelar por Flávio Dino, que quer ocupar cada vez mais espaços também em São Luís.
Mas o eleitor percebe quando um gestor mostra-se submisso a terceiros e incapaz de comandar.
E isso pode ser fatal para o já desgastado Holandinha…