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Deus é brasileiro e está no judiciário…

"Indenização é maior que meu salário", diz Luciana Silva Tamburini que, na foto, exibe registro de ocorrência após desentendimento com juiz em Lei Seca

“Indenização é maior que meu salário”, disse Luciana Silva Tamburini que, na foto, exibe registro de ocorrência após desentendimento com juiz em Lei Seca

Por Juarez Cruz

O pesquisador americano Joseph Atwill, 64 anos, recentemente fez uma palestra em Londres onde afirma que os romanos inventaram a figura de Jesus Cristo e se basearam na história de um Imperador Romano. Ele afirma que não é ateu e que não acredita nem desacredita em Deus e que seu intuito é fazer com que as pessoas tenham suas experiências baseadas na verdade.

Muito bem Sr. Joseph Atwill, o senhor está convidado a vir até o Brasil para ter sua experiência baseada numa verdade absoluta que Deus existe e é brasileiro. Não é brincadeira não.

Aqui no Brasil, onde tudo é possível, principalmente quando se tem prestígio político, dinheiro (quanto mais sujo melhor, pois é só fazer uma lavagem qualquer) e amizade com os senhores do poder Executivo, Judiciário e Legislativo, os direitos de uns não são os mesmo de outros.

Exemplo mais recente e contundente disso é o caso da Agente de Operação Lei Seca, Luciana Silva Tamburini, que foi condenada a indenizar em R$ 5.000,00, por abuso de poder, o juiz João Carlos de Souza do 18º JEC (Juizado Especial Criminal) do Rio de Janeiro, tudo isso por conta de uma abordagem ao magistrado que dirigia sem carteira de habilitação, sem documentos e com o carro sem placa quando foi parado na blitz.

A decisão foi da 36ª Vara Cívil do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio), que diz na sentença que a servidora pública “Ao apregoar que o demandado era juiz mas não Deus”, a agente de trânsito zombou do cargo por ele ocupado, bem como da função que ele representa na sociedade”, escreveu o desembargador José Carlos Paes, que manteve a condenação em segunda instância.

Vale ressaltar que foi a agente de trânsito Luciana que entrou com uma ação por danos morais contra o magistrado e a ação teve efeito contrário.

Senhor desembargador, se o senhor sabe bem o cargo que um juiz ocupa e a função que ele representa para a sociedade, o senhor saberia que o juiz João Carlos ao ser pêgo numa blitz sem documentos, sem habilitação e com o veículo sem placa, está totalmente em desacordo com o cumprimento das leis de nosso país e deveria ser penalizado como qualquer motorista infrator quando pego em uma situação como esta. Ainda mais quando ele é reincidente em outra ocorrência de trânsito, quando se negou a passar pelo bafômetro.

Como disse acima, no Brasil tudo é possível. Um juiz infrator, descumpridor da lei, arrogante e manipulador (pois segundo Luciana ele parecia querer um tratamento privilegiado diante dos agentes), consegue reverter uma ação contra ele saindo de um caso escabroso como este e ainda leva da agente, que estava apenas fazendo seu trabalho, R$ 5.000,00.

Se o Conselho Nacional de Justiça não souber fazer uma avaliação jurídica correta desta questão sem clientelismo e/ou protecionismo, só irá reforçar aquilo que todo brasileiro acha de nosso judiciário, que ele é intocável e seus membros Deuses.

Se o senhor Joseph Atwill ainda tiver alguma dúvida com relação à existência de Deus, reforço o convite para vir ao Brasil, ver que Deus é brasileiro e que está no judiciário, onipotente.

 

Marco Aurélio D'Eça

8 Comments

  1. Esse povo (magistrados) não são chegados a trabalhar e auto protegem achando não, têm certeza que são Deuses em um Olimpo, ganhando muitíssimo bem e trabalhando pouquíssimo, e ainda por cima, cheios de regalias que fazem dos magistrados uma casta privilegiada perante aos pobres diabos que insistiram em nascer nesta praga chamada Brasil.

  2. Você caro Deça, escreveu um livro de um milhão de páginas em poucas palavras!!!! Parabéns.

  3. Quem mandou a agente de trânsito ser saliente?
    Achei foi pouco a indenização.

  4. Se o Juiz estava todo irregular.Deveria ser dado ordem de prisão pela autoridade competente.Cabe´à quem acusa,o ônus da prova,quem provou que a policial disse palavras agressivas ao magistrado?

  5. Belo texto, isto prova que você é um ótimo jornalista, apesar de babão e venerar seu ídolo maior, o dono do Ma e por ele cometer qualquer insanidade política.

  6. É verdade, o exemplo pratico do abuso do poder é o derrotado coronel amapaense Sarney. Abuso de poder é com ele mesmo, não esqueceu os seus velhos tempos de chefe da ditadura.

  7. O judiciário é o mais corporativista dos 3 poderes. Os juízes se protegem de forma escancarada, como se bandidos de toga fossem. Quebrar essa barreira vai ser difícil.

  8. rapaz… eu não sei o que esse povo ainda se espanta, estamos no brasil, o país d putaria onde tudo pode e onde quem tem dinheiro fica sempre numa boa… simples assim!
    só idiota pra acreditar que aqui nessa desgraça desse país as pessoas são iguais perante a lei… taí, o assassinato de uma advogado e a maior confusão pra resolver, até delegado viciando inquérito!!!! se delegado faz isso, imagina juiz!!!

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