Falta de acordo entre governo e prefeitura deixa área urbanizada da Ponta D’Areia carregada de areia; mas há quem diga que o processo é natural, e que os espigões têm vida útil curta, necessitando a montagem de quantos outros forem necessários
Algumas semanas depois de ter a área urbanizada entregue pela governadora Roseana Sarney, o Espigão da Ponta D’Areia estava assim, sábado passado, lotado de areia em sua área de passagem.
Populares e turistas que foram ao local se divertir tiveram dificuldade de locomoção.
São várias as explicações para o acúmulo de areia no espigão.
Para alguns, esse acúmulo é natural nesta época do ano, quando os ventos são mais fortes. Outros dizem que o problema é causado por um erro ténico, uma vez que deveria haver um vão entre o muro de pedra e o deck de passagem.
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Mas há explicações mais técnicas para o problema.
Este acúmulo seria um processo natural dos espigões. O acúmulo de areia na orla, resultante da contenção pelo muro de pedra, é chamado de Sedimento Carreado.
Esta areia tende a se acumular até cobrir todo o espigão. É quando termina a sua utilidade e outro precisa ser construído.
É assim em todos os lugares onde existem espigões.
Só que a Secretaria de Infraestrutura, desde o início do projeto, nunca explicou a curta vida útil do equipamento. Também não disse que precisariam vários outros em toda a orla para evitar a invasão do mar.
Para completar, a mesma Sinfra não levou em conta a questão do vão na execução da urbanização, o que tem causado o problema. Com o vão, a areia não se acumularia toda, por que voltaria para o mar pelas aberturas entre a passarela e o muro.
Mas este acúmulo de areia poderia ser amenizado, mesmo assim, com um simples acordo entre o governo e a prefeitura, para que a área fosse limpa, pelo menos durante os fins de semana, quando a presença de pessoas é maior.
Sem acordo, a bela área que se transformou em point turístico pode ser engolida pela areia…