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Castelo ontem e hoje…

A condenação do ex-prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), poderá ser seguida por outras. O tucano, que foi eleito este ano para deputado federal, responde ainda há outras duas ações, todas resultantes de sua passagem pela Prefeitura de São Luís.

Castelo sofre as consequências de uma era que não é sua na política

A primeira é do MP por improbidade administrativa. A segunda, uma ação cautelar do município que pede a indisponibilidade dos bens do ex-gestor e de seu secretário da Fazenda, Mário Bittencourt.

Ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal e atualmente eleito para um novo mandato na Câmara Federal, Castelo teve um hiato de quase 30 anos entre a sua passagem pelo governo e sua gestão na prefeitura. E essa diferença de época é que pode ter levado à situação de risco que ele enfrenta agora, com possibilidade de condenações sucessivas.

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O tucano foi governador do estado em uma época que os chefes dos executivos estaduais tinham poderes quase que ilimitados.

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Na época, não havia imprensa livre, o Ministério Público não tinha as atribuições de hoje, as leis ambientais não existiam, muito menos a Lei de Responsabilidade Fiscal e os órgãos de controle e fiscalziação. E Castelo fez muitas obras no estado, sem precisar dar satisfações a ninguém.

Obras que, hoje, dificilmente seriam executadas, diante do rigor dos procedimentos deste tipo.

Trinta anos depois João Castelo assumiu a prefeitura com o mesmo pensamento, mas, desta vez, enfrentando os rigores da fiscalização pública e das leis.

Na prefeitura, encontrou uma imprensa sem mordaça, um Ministério Público com garantias constitucionais e leis ambientais e fiscais respeitadas e elogiadas no mundo todo.

O ex-prefeito e ex-governador é um político, hoje, fora de seu tempo político.

E por isso mesmo sofre as conseqüências desta situação.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

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