Preso sob a acusação de ter contratado o pistoleiro que executou o jornalista Décio Sá, o ex-empresário Júnior Bolinha tem razões para temer por sua vida.
Ele é uma espécie e arquivo vivo de algumas ações de bastidores, muitas ligadas à própria morte do jornalista.
E não há dúvida de que, no Presídio São Luís I, onde está, se trona um alvo fácil para possível queima de arquivo.
Bolinha mantém contatos – ou manteve – com figurões da política e do mundo empresarial e tem informações privilegiadas, algumas delas já passadas, inclusive, para a própria polícia.
A propósito, Júnior Bolinha é testemunha em um processo relacionado ao caso Décio Sá, cuja audiência está marcada para o dia 22 de janeiro.
Ele vai esclarecer sobre uma carta encaminhada ao então secretário Aluísio Mendes, em que fez acusações a algumas pessoas não relacionadas pela polícia no caso Décio.
A carta foi publicada neste e em outros blogs e o próprio Bolinha confirmou sua autenticidade em entrevista exclusiva ao Jornal Pequeno.
Tanto que o Ministério Público abriu procedimento investigativo para apurar as acusações, embora, té hoje, não tenha se pronunciado.
Bolinha, portanto, precisa estar vivo para dizer o que sabe.
Mas, óbvio, que há quem não tenha interesse nisso…