Mais de trinta dias depois de anunciar contratação de 1 mil policiais militares, de articular com a prefeitura de São Luís obras de infraestrutura e mobilidade urbana, o governo Flávio Dino sinaliza que dependerá de recursos do Governo Federal e ainda não tirou absolutamente nada do papel
Dino com os prefeitos: blablablá sem cronograma
O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou logo no seu discurso de posse que iria chamar mil excedentes do último concurso da Polícia Militar para atuar no combate ao crime no Maranhão.
Também anunciou – o que quase provocou um orgasmo público no prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) – uma série de ações de parceria com a prefeitura, para obras em São Luís.
Até agora, nenhuma das promessas de Flávio Dino saiu do papel.
A contratação de PMs caiu no esquecimento e não é mais nem tratada nos discursos sobre segurança pública – sobretudo por que os envolvidos com o caso acabaram também se enrolando nas teias do nepotismo denunciado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Com relação às obras em parceria com a prefeitura, o próprio Dino deu ontem uma mostra de que não tem pressa para executá-las.
De acordo com o que disse o governo na reunião com os prefeitos, serão feitas parcerias apenas na área de mobilidade urbana, mas utilizando recursos do Governo Federal, não do estadual. (Leia aqui)
E não há previsão alguma para o início destas obras.
Segundo o presidente da Agência Estadual de Mobilidade Urbana, José Arthur Cabral Marques, o governo ainda está concluindo um levantamento sobre projetos de engenharia já existentes – e não só em São Luís, mas em todos os municípios da ilha – para, só então, começar a definir as prioridades.
O que se vê é que o governo Dino começa exatamente como começou o de Holandinha, com muito blablablá e pouca ação.
E no caso de Holandinha, a população já sabe no que deu…