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Holandinha ainda aposta no prestígio pessoal…

Ouvindo apenas quem está interessado no emprego que ele deu, prefeito se ilude com a suposta popularidade que vê nas ruas, achando que o desgaste é apenas da gestão, não dele; Todos os estudos, mostram o contrário: que o desgaste tende a atingir o gestor à medida que os problemas de gestão começam a ser mais evidentes, como nos períodos eleitorais  

 

Ensaio

 

Holandinha: esperança nos céus

Holandinha: esperança nos céus

Quem priva da relação pessoal com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) ouve dele uma quase convicção de que pode garantir a reeleição em São Luís apenas com o prestígio pessoal que, segundo o próprio, ainda goza no seio da população.

O raciocínio do prefeito é o seguinte: todas as pesquisas que apontam índices acima de 70%de rejeição, medem o desgaste apenas de sua gestão, mas não de sua imagem pessoal, que, ainda segundo o próprio, continuaria preservada.

 

Senso comum

O conceito de Holandinha, medido pelo senso comum e da observação empírica nas andanças em bairros, é reforçada por assessores sem experiência alguma na área de comunicação e marketing, e que apenas dizem o que o chefe quer ouvir.

O prefeito leva em conta coisas como: “o prefeito é um bom menino” ou “Edivaldo é um cara honesto e respeitador”; ou ainda “homem de Deus, Edivaldo é protegido”.

São conceitos subjetivos, que nada têm a ver com a realidade diária das lides políticas, administrativas e eleitorais.

Mas o próprio Holandinha já ouviu de quem entende: o desgaste da gestão tende a ser o desgaste pessoal do gestor à medida que se aproxima o processo eleitoral.

Traduzindo o conceito: a população tende a abraçar, beijar e querer se aproximar de qualquer político que visite o seu bairro. Mas esta simpatia subjetiva é substituída pelo interesse objetivo no momento em que esta mesma população passa a ser confrontada com os problemas cotidianos na infraestrutura, na saúde, na Educação e na mobilidade urbana.

 

A Ciência fala

No artigo “Política, gestão pública e campanha eleitoral,o professor Luiz Eduardo Soares,d a Universidade Estadual do rio de Janeiro, mostrou a gestão e a eleição como entes indissociáveis do mesmo fenômeno, a Política.

– Se campanhas eleitorais são políticas, porque dizem respeito a decisões coletivas que envolvem mediações institucionalizadas e procedimentos participativos de natureza universal, e se a gestão dos negócios públicos é também política, porque afeta os interesses da sociedade em seu conjunto, conclui-se que ambos os fenômenos, campanha e gestão, por compartilharem a natureza política, se superpõem, de tal modo que, mesmo apresentando características distintas, são indissociáveis na prática. Em uma palavra, são apenas manifestações distintas do mesmo fenômeno, a política – disse Soares. (Leia aqui)

Popularidade não se reflete em votos

Popularidade não se reflete em votos

O também sociólogo Alberto Carlos Almeida, autor de “A cabeça do eleitor”, diz que, ao contrário do que se pensa, a cabeça do eleitor age de forma lógica. (Leia aqui)

Algumas premissas de seu livro:

1 – Governantes bem avaliados tendem a se reeleger ou a eleger seus sucessores na grande maioria das vezes;

2 – O eleitor médio tem pouquíssima informação sobre o que acontece na política. E a informação que ele retém é sempre truncada e cheia de ruídos;

3 – Não é possível contar com os apoios políticos; ou seja, popularidade e simpatia não se transferem.

Detahe: Alberto Carlos é um dos consultores do próprio Edivaldo Júnior.

 

Agradando ao chefe

Edivaldo Júnior se cercou de muitos auxiliares interessados apenas em empregos para se sustentar, desprovidos de projetos de poder definidos e de capacidade de observação da cena político-eleitoral.

E quem precisa do emprego, tende a dizer o que o chefe quer ouvir.

Para corrigir os rumos, o prefeito precisa ouvir quem realmente entende de comunicação, de marketing, de publicidade e, sobretudo, de análise de pesquisas.

Caso contrário continuará a confundir simpatia pessoal subjetiva com interesse público objetivo.

E caminhará inevitavelmente para a derrota…

Marco Aurélio D'Eça

12 Comments

  1. Um prefeito acuado, omisso e despreparado não merece ser reeleito. Dessa vez eu acho que nem “Deus” vai ajudar.

  2. Basta ver os secretários de Holandinha pra saber que ele não vai mais pra lugar nenhum.
    Fez campanha com uns e governo com outros.
    Alguém um dia viu Lula Filho na campanha de Holandinha????
    O que se sabe é que ele tem um bar na lagoa, concedido por Jorge Murad e Roseana. E “Antigamente” também era agraciado pelas concessões dos Murad e Sarneys.
    Pegue a lista de secretários e vão ver que muitos fizeram campanha pra Castelo. E os que “ralaram” Holandinha com sua “depressão” nem atende. Fora Holandinha!!!!!!!!!!!

  3. Boa analise do blog, Holandinha tem condicoes de ganhar esse jogo, mais precisa largar dos burros do lado dele. Batista e Lula fazem o prefeito passar vergonha, muito incompetentes. Os asessores, bando de come-dorme e puxa-saco para manter esquemas e empregos. Pega esse dinheiro do governo, enche a cidade de obra e vai que é tua, Holandinha.

  4. EDIVALDO JR TA PAGANDO POR FALAR DEMAIS, PRA SE ELEGER DISSE QUE TINHA SOLUÇÃO PRA TODOS OS PROBLEMAS DA ILHA. AGORA O POVO TA VENDO QUE ELE QUERIA SÓ SE ELEGER. FALOU TANTO DA ADMINISTRAÇÃO DE CASTELO, E AGORA TA O PIOR PREFEITO QUE JÁ PASSOU EM SÃO LUÍS. FORA EDVALDO…

  5. Eliziane não tem dinheiro nem base pra ganhar nada. Holandinha tá pior que Castelo. O povo não é besta, vejam as obras do município feitas a facão, nunca vi nada igual. Nunca na história desse país os Sarneys tiveram tanta chance de ganhar. Creio que Luis Fernando leva essa tranquilamente.

    \Resp.: Luis Fernando, dizem, aceitou ser candidato de Flávio Dino em São José de Ribamar.

  6. Ele tem tempo. Se a cidade estiver cheias de obras, se reelege. Mas eu duvido muito, dada a incompetência dele e o caráter do voto dado a ele em 2012, que, na verdade, era um voto pra tirar João Castelo da prefeitura. Terá pela frente uma candidata tão ou mais carismática que ele.

  7. Sem falar nos salários dos terceirizados…. Que até agora nada…qual a desculpa desse mês…. Funcionários sem nenhum centavo. Um absurdo.

  8. Excelente análise! Acho quase irreversível a derrota do Edivaldo. Só aguardar e conferir.

  9. Confesso que tenho ficado preocupado com a saúde daqui de São Luís, pois não temos ouvido falar em investimentos em materiais, recursos físicos e o pior, recurso humano, onde o cenário que vem se desenhando não é um dos melhores, tendo em vista que a época de concurso público vem chegando e os funcionários da SEMUS, tanto efetivos, como serviços prestados estão aguardando e já se preparando para galgar melhores condições de valorização profissional.
    A quantidade de técnicos que vem saindo desta secretaria (SEMUS), por conta do desrespeito só tem aumentado e deixando uma lacuna, onde não vai ser fácil recuperar.
    Temos vistos recursos federais voltando a sua origem e correndo o risco de não voltarem mais para esta cidade por falta de pessoal qualificado e ações emergenciais para melhoria do não adoecimento da população.
    Nós da saúde estamos tristes por não sermos reconhecidos por nossos gestores e temerosos com a nossa saúde, por falta de entendimento e má vontade em resolver problemas.
    Creio que o prefeito Edivaldo Holanda Jr., não terá nem os funcionários, da própria prefeitura, ao seu lado para o próximo pleito eleitoral, tendo em vista que não vem cumprindo e muito menos mostrando vontade em ser reeleito.
    Podemos esclarecer que alguns funcionários, chamados cargos comissionados, ligados a SEMUS, com graduação, qualificação e titulação ganham apenas uma imoralidade de r$ 800,00.
    Durante a campanha, o então prefeito eleito prometeu moralizar o salário dos técnicos contratados da saúde e nunca se viu nada acontecendo, chegando a sermos ameaçados com a ultrapassagem do salário mínimo que já beira os r$ 800,00 (788,00).
    Já os efetivos querem seus direitos respeitados com o pagamento do adicional saúde e dos funcionários da vigilância que não estão recebendo pela SEMUS, onde João Castelo assinou um decreto por 90 dias de suspensão em 02/10/10, tendo em vista que hoje, alguns recebem e outros não, gerando uma insatisfação geral.
    Queremos recursos para as progressões e titulações como rege o estatuto do servidor, pois a atual gestão municipal recusa a fornecer, o que é de direito alegando: “indeferimento por não haver previsão orçamentária”.
    A última classificação salarial ocorreu em 2007, onde os servidores amargam 14 anos sem reajustes de acordo com os direitos estatutários, retroativos das progressões (vertical, horizontal, difícil acesso e titulação) e melhoria das estruturas e condições de trabalho, entre outros pontos.

  10. Caso seja esse o quadro na capital, Holandinha (que eu chamo de Junior, porque o conheço desde quando era menino) ainda poderá dar a volta por cima e ganhar com folga as eleições. Precisa começar agora a estruturar a sua equipe e fazer ações que dêem evidência ao trabalho do governo municipal… Mas isso não se faz com amadores, isso é tarefa para profissionais experientes e que tenham conhecimento da realidade da ilha de São Luis e , sobretudo, experiencia em gestão e eleições. Ainda dá tempo! Vinicius Nagem – Diretor da Associação Brasileira dos Consultores Políticos no Paraná – ABCOP – http://www.abcop.com.br

  11. Mesmo erro de Castelo. E se Lobinho entrar na sucessão a votação pode pulverizar. Capaz de não ir nem pro segundo turno. Basta que os sarneysistas se unam. Mas parece que eles estão encantados pelo canto da sereia.

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