Por Herbertt Morais
Não existe, a meu ver, nenhuma fórmula pronta capaz de erradicar o consumo de drogas, da noite para o dia. O combate às drogas não pode ser questão de um dia, de um mês, é de toda uma vida. Não podemos esquecer que a droga nasceu com o homem. Então, você não pode querer falar sobre droga durante um dia, um mês ou um ano, e, depois, simplesmente, esquecer o tema. Tem que ser permanente!
Os governos (federal, estadual e municipal) precisam, urgentemente, compartilhar responsabilidades com a sociedade, buscando a criação de uma agenda de esclarecimentos sobre as drogas capaz de responder ao desafio de erradicar da sociedade, este inquietante fenômeno da atualidade.
Neste aspecto, lembrei-me que dados oficiais do governo federal, através da SENAD (Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas), indicam que 75% dos adolescentes consumidores de maconha (talvez por ser uma das drogas mais acessíveis aos adolescentes) estão na faixa etária do ensino fundamental e médio.
Ora, então, porque não introduzir, por exemplo, no currículo escolar do Ensino Fundamental, matérias pertinentes ao estudo sobre drogas?
O aluno que desde cedo aprende que água é H²O, que o Arsênico é As, passaria, também, a aprender, desde cedo, à ação química, da maconha, da cocaína e de outras substâncias, incluindo-se ai, principalmente, as chamadas drogas aceitas socialmente: álcool e fumo.
Mas, por favor, não me venham com essa baboseira de “ensino religioso das drogas”. Esse estudo tem que ser sem exageros, sem sensacionalismo, dentro da verdade e rigorosamente dentro dos princípios científicos.
Isto sim, é esclarecimento capaz de produzir bons resultados…