Ícone do site Marco Aurélio D'Eça

Algo menor…

De O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

Figuras embasbacadas olhando para um ônibus

Foi algo até bizarro, provinciano, estranho, desnecessário.

Mas a mobilização de “meio-mundo” de autoridades, ontem, para o cumprimento de uma obrigação judicial do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) foi algo só comparável ao que acontece nos pequenos rincões mais afastados do interior do Brasil.

O prefeito mobilizou secretários municipais e estaduais, assessores, vereadores e até o governador do estado e seu staff, tudo para fazer a entrega de metade dos ônibus que foi obrigado a garantir ao cidadão da capital em um Termo de Ajustamento de Conduta, que deveria ter cumprido desde 2013 e que vem se arrastando há dois anos.

A imagem de Flávio Dino, Edivaldo Júnior, secretários de Estado e do Município, com ar de encantados em frente a um dos novos ônibus é algo icônico.

Até parece que eles nunca viram um veículo deste tipo na vida.

Mas a imagem é fruto também da falta de ações da Prefeitura na gestão de Edivaldo Júnior.

Sem ter o que mostrar à população, o prefeito aproveita cada momento – inclusive aqueles em que só age por obrigação – para tentar capitalizar politicamente e minimizar o desgaste da imagem, registrado em pesquisas quase semanais, encomendadas pelos próprios aliados.

Nos rincões, até pela falta de recursos necessários para obras, prefeitos e chefes políticos fazem festa para inaugurar porteiras, estátuas e pedras fundamentais que nunca se concretizam em obras.

O próprio Edivaldo Júnior tem sido protagonista em São Luís de coisa parecida.

Ele já mobilizou imprensa e auxiliares para entregar um simples tapamento de buraco, no viaduto da Cohama, e lançou a pedra fundamental de uma creche na Cidade Operária que nunca saiu do papel.

E a cena de ontem, com os ônibus, evidenciou de vez o tamanho de sua gestão na capital maranhense.

Publicada na coluna Estado Maior, de 21/02/2015

Sair da versão mobile