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Censura policial…

De O EstadoMaranhão

E essa agora?!

Numa atitude explícita de tentar controlar a informação – ou seria manipular? -, o Governo do Estado baixou uma ordem de silêncio aos delegados titulares e adjuntos das Unidades de Polícia Judiciária da Capital.

Por ordem do superintendente de Polícia Civil da Capital, Leonardo do Nascimento Diniz, “todas as prisões ou procedimento policial que mereça atenção da imprensa” (Sic) não poderão mais ser relatadas aos jornalistas diretamente pelos delegados, mas “deverá ser reportada através da Assessoria de Comunicação – ASCOM/SSP-MA, na pessoa da Sra. Josilma Figueiredo Bogea”.
Qual problema haveria em um delegado, pessoa-chave de uma ação policial, ser o narrador dos fatos de determinada ocorrência? Elementar: direto da fonte, a informação não recebe o filtro desejado, o direcionamento oportuno, o camuflar de dados.

Teria a ordem de silêncio sintonia com a manipulação de dados da violência percebida no início do ano, quando se tentou escamotear os números de homicídios no mês de janeiro na Grande São Luís?

São apenas algumas das questões que veem à pauta diante do cala-boca imposto pelo governo aos delegados.

Difícil é acreditar na sujeição de uma categoria acostumada a manter uma relação aberta com a imprensa, sem intermediadores – até em nome da informação precisa -, em detrimento do que seja ou não conveniente divulgar.

Com a palavra (ou não), os delegados de polícia da capital.

Publicada na coluna Estado Maior, de 13/03/2015

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