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E agora, Fábio Câmara?!?

Isolado no PMDB e – de certa forma – no centro da crise envolvendo os grupos do ex-secretário Ricardo Murad e do senador João Alberto de Sousa, vereador pode sofrer as consequências  de um esvaziamento partidário

 

Câmara: ascensão pelo esforço pessoal

O vereador Fábio Câmara (PMDB) é um homem isolado.

Isolado na Câmara Municipal, onde é o único dos 31 vereadores a fazer oposição ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PCdoB).

E justamente por isso, o vereador sofre as consequências políticas de “nadar contra a corrente”, de “enfrentar os tubarões” e de optar pelo justo e correto na capital onde mora – exatamente como sempre fez na vida.

Mas Fábio Câmara é isolado também no próprio partido, o PMDB.

Preto, pobre, ex-entregador de jornal, ex-marinheiro e sem sobrenome poderoso, ele sempre foi visto como mero serviçal no partido – mais um para servir, sem poder ascender na hierarquia, reservado aos “de família”.

Mesmo assim, ele conseguiu.

Câmara esteve primeiro no grupo do senador João Alberto, mas viu que teria de enfrentar uma fila de ascensão partidária e familiar que talvez nunca lhe contemplasse.

Se aproximou então do ex-secretário Ricardo Murad, mas sentiu que também teria de enfrentar uma fila de ascensão partidária e familiar que talvez nunca lhe contemplasse.

Os grupos de Murad e de João Alberto se digladiam internamente, agora, por espaços partidários, numa crise que deixa o partido sem rumo e sem perspectivas, pelo menos a curto prazo.

E o único vereador da legenda não tem como pender para um lado ou para outro – por que será engolido, de uma forma ou de outra.

E agora, Fábio Câmara?!?

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