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Na lógica de Flávio Dino, ela é apenas um número…

Em meio à comoção popular causada por mais uma morte violenta em São Luís – a quarta vítima de assalto a ônibus – o governador insiste na frieza da estatística para tentar justificar suas ações

 

Enfermeira vítima de assalto em ônibus em São Luís

O governador Flávio Dino (PCdoB), do alto de seu poder, parece não se sensibilizar com a dor das famílias que perdem os entes queridos na escalada da violência que tomou conta do Maranhão em seu governo.

Para Dino – e seus principais auxiliares – o que importa são números, estatísticas, curvas, dados.

É com eles que o governador justifica no Twitter a morte de uma enfermeira e do assaltante  –  um estudante de 16 anos – ontem, em mais um assalto a ônibus em São Luís.

A quarta vítima em 30 dias.

Horas depois do assalto, Dino insistia com seus números virtuais

Enquanto a opinião pública lamentava as duas mortes, e respeitava a dor da família da enfermeira de 19 anos, Flávio Dino – em seu mundo colorido da Internet – saía-se com esta, no Twitter, onde passa a maior parte do seu tempo como governador:

– Os números provam que a criminalidade parou de crescer e vem reduzindo. Infelizmente, a polícia não conseguiu ainda zerar os crimes.

Nenhuma referência à morte da moça, nenhuma condolência à família enlutada.

A frieza do governador chegou a ser questionada por um dos seus seguidores no Twitter.

– Flávio Dino, uma pessoa morreu no ônibus hoje. Não sei de onde vcs tiram esses dados de que estão “diminuindo” a violência – ponderou o perfil identificado por desenhadora.

Insensível à comoção popular, o comunista insistiu nas estatística, agora para justificar as próprias justificativas:

– Os números são essenciais para a compreensão da realidade, para o planejamento e para que possa prestar contas à sociedade – disse ele, em outro grupo.

Mas a compreensão da realidade – dos que vivem no mundo real, não o virtual do governador – é a de que quatro pessoas morreram em assaltos a ônibus em 30 dias.

Não são apenas números de estatísticas,  mas parentes de gente que agora chora.

Mas Dino só vê números em sua frente.

Pior: números que ele mesmo constrói em seu mundo cor-de-rosa de internet…

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