Apoiador de Dilma Rousseff, para quem fez campanha em 2014, o prefeito Edivaldo Júnior deve atrair o partido da presidente; mas a posição do PT pode garantir o PSDB à deputada Eliziane Gama. A menos que os tucanos maranhenses não raciocinem na lógica política
O PSDB maranhense tem dois caminhos eleitorais em 2016: lançar candidato próprio a prefeito de São Luís ou fechar aliança com a deputada federal Eliziane Gama (PPS).
Qualquer outra direção levará o partido a um suicídio em 2018, quando – pela primeira vez, em anos – entrará como favorito na disputa presidencial.
A determinação de candidatura própria é do presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG). Por isso o partido filiou Luis Fernando Silva, que, no entanto, atrela demasiadamente seu futuro político ao governador Flávio Dino, de quem era adversário há pouco mais de um ano.
Embora tutelados por Dino – sobretudo pela submissão política demonstrada pelo vice-governador Carlos Brandão – os tucanos maranhenses sabem hoje que, apoiar o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), é fortalecer no principal colégio eleitoral maranhense o núcleo do PT no estado, que sentou praça na articulação com o prefeito.
Neste caso, e até para o projeto nacional do PSDB, o caminho mais natural é a aliança com Eliziane Gama.
A deputada tem fustigado o governo Dilma, o próprio ex-presidente Lula e seus aliados na Câmara Federal – sobretudo na CPI da Petrobras – aproximando-se cada vez mais dos tucanos de Brasília.
Sua ascensão em São Luís significará, naturalmente, a ascensão do projeto do PSDB.
Mas é preciso saber se o próprio PSDB tem consciência disto…