A cúpula do Partido dos Trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva estão em estado de prontidão, neste fim de semana, após a prisão de diretores das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. Para os petistas, está claro que o objetivo é chegar nas lideranças do partido.
Lula, inclusive, já comentou com aliados que acha ser ele o próprio alvo do juiz Sérgio Moro, responsável pela investigação da Lava Jato.
– A ideia é trazer um recado claro de que a lei vale efetivamente para todos – afirmou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF no Paraná, Igor Romário de Paula.
– Não importa o tamanho da sua empresa, seu destaque na sociedade, sua capacidade de influência, seu poder econômico. Isso jamais vai poder ser prerrogativa para permitir a essas pessoas e empresas a praticar crimes de forma impune – afirmou ele.
As declarações dos delegados a respeito da operação levam a cúpula do PT a imaginar que existam uma orquestração para atingir o ex-presidente Lula.
Eles citam, inclusive, reportagens da revista Veja, desde março, que apontam neste sentido – e que mostram que a prisão dos donos da Odebrecht – empresa que doou ao Instituto Lula e contatou a empresa de palestras do ex-presidente – seria o último passo antes de chegar ao líder do PT.