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Historiador lembra riscos da relação asfalto/voto…

Benedito Buzar faz resgate de dois momentos em que as obras e ações foram insuficientes para se transformar em votos em São Luís

 

Buzar: conhecimento e pesquisa

Buzar: conhecimento e pesquisa

O presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, fez um importante resgate histórico da política em São Luís para destacar a importância e os riscos de ações como asfaltamento de ruas em busca de apoio popular.

Intitulado “Mais Asfalto, Menos voto”, o texto publicado na coluna Roda Viva, de O EstadoMaranhão, é uma espécie de alerta ao prefeito Edivaldo Júnior (PTC), ora beneficiado com o programa “Mais Asfalto”, do governo Flávio Dino (PCdoB).

– A prudência manda chamar a atenção do prefeito para o seguinte: asfalto é um serviço que toda pessoa, seja morador urbano ou suburbano almeja ter um dia. Em São Luís, contudo, até onde a vista alcança, asfalto não serviu para dinamizar a máquina eleitoral e nem encheu com votos a barriga de candidato a cargo majoritário ou proporcional – alerta o intelectual.

Buzar cita como exemplo as eleições de 1978 e a de 1985.

No primeiro caso, ele cita a eleição de senador na capital maranhense, em que José Sarney concorria à reeleição pelo PMDB,  tendo José Mário Ribeiro da Costa como adversário.  O pesquisador faz um elenco das obras realizadas por Sarney na capital maranhense, “que deram à cidade imponência e vigor”.

– Abertas as urnas o que se viu? Para Sarney os votos minguaram, mas para o opositor os sufrágios quase ultrapassaram a barreira do som – lembrou o presidente da AML.

Aposta de Holandinha em asfalto: história mostra fracassos eleitorais do programa...

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O outro exemplo destacado por  Benedito Buzar foi a eleição de 1985, quando Jamie Santana (PFL) tinha o apoio do então prefeito Mauro Fecury, do então governador Luiz Rocha e do próprio Sarney, à época presidente da República.

O historiador lembra que “um audacioso programa foi executado em São Luís, centrado na pavimentação de ruas e bairros”.

– Em tempo recorde, centenas de quilômetros de rua foram pavimentadas – algumas com perfeição, outras nem tanto – para o candidato da Nova República sair ungido das urnas – lembrou Buzar.

Apurados os votos, mostrou-se a vitória de Gardênia Gonçalves, que não havia se comprometido com nenhum asfalto.

Para Buzar, ficou claro que a vitória de Gardênia sobre as máquinas se deu graças ao trabalho do marido, o então senador João Castelo, que, quando governador, havia empregado mais de 40 mil pessoas só em São Luís.

– Foi portanto, emprego, e não asfalto, que a elegeu; e fez Castelo, ao longo de várias eleições, obter, nesta cidade, gigantescas votações – concluiu o acadêmico…

Marco Aurélio D'Eça

3 Comments

  1. Faz sentido! Aliás essas obras quase sempre em final de mandato regado a muitos fogos de artificio e sem qualidade e muita propaganda, acontecem em todo o Estado e só servem apenas para encherem o bolso de alguns. O povão tá precisando mesmo é de emprego.

  2. mas se a população precisa do serviço o prefeito vai deixar de fazer por que o tal historiador falou negativamente? que besteira esse post

  3. historiador entende mais de historia do que de politica. o que faz as pessoas confiarem em edivaldo nao é o asfalto mas sim o fato dele ser ficha limpa.

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