Governador do Maranhão usou palavras feitas para falar de governabilidade após a reunião com a presidente, mas o colega de São Paulo disse que o tema sequer foi tratado na reunião
Inábil e ainda neófito no jogo político nacional, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) foi desautorizado por por pelo menos um colega ao tentar gerar um clima de comoção pró-Dilma, após reunião com a presidente, ontem.
Ao ser questionado por repórteres, Dino saiu-se com esta:
– Houve uma defesa clara e inequívoca da estabilidade institucional, da ordem democrática do Estado de direito e contra qualquer tipo de interrupção das regras constitucionais vigentes, portanto, a manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff, que foi eleita para cumprir até o fim.
Mas, segundo o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB), o tema sequer foi tratado na reunião com Dilma.
– Isso não foi dito pela presidente Dilma nem está em discussão. Em relação a isso, nós defendemos o quê? Investigação, investigação e investigação. Cumprir a Constituição. Isso não esteve na pauta – garantiu Alckimin.
E tudo indica ser Alckimin o dono da razão neste caso.
Basta ver que a declaração de Dino, dada após a reunião, é praticamente a mesma externada em seu perfil no Twitter, e replicada no site do PCdoB, ontem às 8h47 – mais de oito horas antes da reunião. (Leia aqui)
O que Flávio Dino fez, portanto, foi expressar um desejo pessoal à imprensa, tentando aparecer em sua primeira incursão na política nacional.
O que põe em xeque sua ainda incipiente credibilidade nacional…