5

Corrupção no Judiciário volta à pauta…

Desta vez é um deputado quem garante ter testemunhado negociação de propina de R$ 100 mil a R$ 200 mil; passou da hora de o Judiciário e seus satélites fazerem a faxina, ao invés de tentar abafar a corrupção intimidando quem ousa denunciá-la

 

JustiçaEditorial

A Associação de Magistrados do Maranhão detesta o titular deste blog, como mostra em suas ações; tanto que o processa, numa represália intimidatória a seus posts.

Mas o ódio da Amma não se dá pelo cometimento de qualquer crime, mas pelo fato de este blog ter ousado desabafar, ainda que solitariamente – uma, duas, três, diversas vezes… – contra a corrupção generalizada que parece ter tomado conta do Judiciário maranhense.

Ao invés de cobrar efetivamente uma limpeza no judiciário, a Amma prefere intimidar quem denuncia, numa espécie de emparedamento dos que não se calam diante da degradação moral do estado.

Mas agora foi um deputado estadual quem fez a denúncia.

Fernando Furtado disse com todas as letras ter presenciado o pagamento de propina – que, segundo ele, varia entre R$ 100 mil e R$ 200 mil – de um colega parlamentar “ao genro de um desembargador”.

Eu fiz o meu pronunciamento incomodando alguns deputados que têm trânsito no tribunal e fazem negociatas, para poder voltar prefeitos com R$ 100 mil e R$ 200 mil, em posto de gasolina. Porque eu fui passar uma noite de domingo em um posto de gasolina em São Luís para flagrar uma negociata dessas com o genro de um desembargador. Eu estava lá de madrugada, vendo tudo – afirmou o parlamentar.

Fernando Furtado não citou nomes, como todos os que ousam tocar nesta ferida. Obviamente por temer intimidações e represálias como a da Amma contra este blog.

A Associação de Magistrados processa este blog por causa de sua capacidade de indignar-se; por desabafar quanto a uma questão que é quase senso comum nos corredores do Judiciário: a de que existe uma indústria de venda de sentenças no Maranhão.

Ninguém dá nomes, até por medo de represálias como esta da Amma. Mas todos sabem até valores.

E são muitos o casos que se acumulam: juízes suspeitos de sentenciar em favor de quem emprega seus parentes; magistrados subjugados por autoridades do poder Executivo a atender seus interesses, e venda de sentenças, como as reveladas tempos atrás pelo deputado federal Hildo Rocha (PMDB), e agora por Fernando Furtado.

Tudo velado, tudo sem nomes, por medo do que possa ocorrer diante da denúncia.

togasLeia também:

Coisas a explicar no Judiciário maranhense…

A mãe de todas as corrupções é a corrupção no Judiciário…

Querem nomes; aqui vão eles…

 

Mas agora tem um deputado que afirma ter presenciado uma dessas negociatas. Um deputado que diz temer pela própria vida diante da revelação.

Assim como ele – e como este blog – outro parlamentar, Hildo Rocha, também se insurgiu contra este estado de coisas; e o caso acabou abafado na Polícia Federal. (Relembre aqui)

O que se espera da Amma – e do Poder Judiciário como um todo – é que pare de intimidar e exija um freio na corrupção.

Por que este blog vai continuar a cobrar, independentemente da quantidade de processos – e ainda que solitariamente na imprensa do Maranhão.

E se não puder cobrar aqui, vai aos órgãos nacionais, a Brasília, aos órgãos internacionais.

Mas isso tem que acabar…

Marco Aurélio D'Eça

5 Comments

  1. Vi um agora ex-deputado em mesa de bar de um cidade da região dos Cocais, onde o povo adora bater um tambor, que dizia pra quem quisesse ouvir, que seu pai (na época prefeito) tinha pago 450 mil reais por uma decisão favorável de um desembargador. Só muita macumba pra acabar com essa bandalheira no TJ.

    Resp.: mas se dise isso, a Amma processa por calúnia. Ela exige que todo se exponham. lei do menor esforço…

  2. Todo mundo sabe que esses juízes e desembargadores recebem grana….tem uma que era lá do 13 juizado especial …que fica la na br 135…kk..esse mesmo que brigou com o jornal o estado do Maranhão……eita…só a cara daquele indivíduo…..no TJma….kkk….só mercenario

  3. Marco, a Mirante desde semana passada está fora do ar aqui na cidade de Grajaú. Não sei se seus colegas já estão sabendo da situação. Interceda por nós, pois, estamos sem saber notícias do estado. De já agradeço.

  4. A questão para ser apurada basta ser analisado o critério. Por que alguns Prefeitos afastados por improbidade retornam ao cargo e outros na mesma situação não voltam?
    Por que o Prefeito de Anajatuba e o de Bacuri voltaram aos cargos e os de Humberto de Campos e de Açailândia estão afastados até hoje ?
    Se nós olharmos as peças processuais produzidas pelos advogados dessas Prefeituras veremos que possuem os mesmos argumentos, mas nosso Tribunal de Justiça possui dois pesos e quatro medidas.
    Pelos preços cobrados hoje, faltando pouco mais de uma ano para terminar o mandato, para alguns prefeitos nem vale a pena (economicamente) entrar nesse jogo sujo.
    Enquanto isso Magistrados que ganham menos de R$ 35.000,00 possuem apartamentos de mais de dois milhões de reais, fazendas de milhões, veículos importados de trezentos mil reais, viagens para Europa, passam por processos de divorcio, com partilha de bens sem sentir qualquer efeito no seu padrão de vida, filhos esbanjando e até humilhando os meros mortais que não conhecem da ADVOCACIA ADMINISTRATIVA. O MP SABE, A CORREGEDORIA SABE, A IMPRENSA SABE, TODO MUNDO SABE… OS magistrados de bem, que vivem de suas receitas legitimas, também são culpados porque sabem e não fazem nada.

  5. Corrupção no judiciário é igual cabeça de bacalhau. Todo mundo sabe que existe mas nunca vê.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *