Em resposta ao ex-secretário Ricardo Murad, que chamou o projeto de “enganação”, secretário de Trânsito e Transportes diz que o sistema na capital maranhense tem realidade distinta da paulista
O secretário de Trânsito e Transportes, Canindé Barros, rebateu as críticas do ex-secretário Ricardo Murad ao projeto de Bilhete Único, a ser implantado a partir de segunda-feira, 14, em São Luís.
Em comentário nas redes sociais, Murad chamou o projeto de “enganação”, e disse que “bilhete único” de verdade, vale por duas horas, o usuário “vai para onde quiser, usando o ônibus que quiser”. (Releia aqui)
Canindé entendeu que o ex-secretário estava referindo-se ao sistema de bilhete único de São Paulo, que, teria realidade distinta da capital maranhense.
Em termos de infraestrutura e recursos, não se pode comparar o sistema de Bilhete Único de São Luís com o da capital de São Paulo. Na capital paulista, o sistema de Bilhete Único consiste nas modalidades: ônibus/ônibus, com tarifa de R$ 3,50 que permite embarque do usuário com duração de até 3 horas; metrô/trem/ônibus, com tarifa de R$ 5,45, com três horas de embarque; e ônibus/trem, com tarifa de R$ 5,45, com duas horas de embarque”, explicou Canindé.
O chefe da SMTT lembrou ainda que, em 2015, o Sistema de Transporte paulista recebeu subsídio de R$ 1,4 bilhão do governo municipal. E a previsão deste subsídio para 2016 é de R$ 2 bilhões.
– Ao todo, o sistema de transporte do município de São Paulo custa R$ 7 bilhões. A Prefeitura contribui com o custo com R$ 2 bilhões. Em São Luís, o sistema de transporte custa R$ 400 milhões ao ano. Desse total, a prefeitura não custeia nada. Toda despesa é custeada pelo sistema. Diante disso, não se pode comparar os dois sistemas visto que os mesmos pertencem a duas realidades bem distintas – concluiu Canindé Barros.