Subprefeito denunciou que tem sido rotina o descumprimento da lei que impede a circulação de veículos na área, apesar dos esforços da prefeitura para impedir, com base em lei municipal
Impedidos de circular com seus veículos pelo Centro Histórico – com base em Decreto Municipal desde 1988 – vândalos destruíram o pilar que sustentava o cabo de aço usado para conter os carros.
Testemunhas apontam que, na semana passada, observaram três homens com picaretas destruindo o pilar, o que sugere que o crime possa ter sido cometido por habitante da área.
– É muito difícil organizar nossa Cidade dessa forma. Por mais que se tente, vamos sempre esbarrar na ignorância de alguns. E o mais difícil é saber que esses abusos sempre são feitos no silêncio das madrugadas, onde a fiscalização é infinitamente menor – declarou o subprefeito do Centro Histórico, Fábio Henrique Farias Carvalho.
A questão não é tão simples o quanto parece, vejamos: a autoridade não pode simplesmente fechar rua sem oferecer aos moradores condições e meios para atender as suas necessidades.
Certas intervenções chocam pela arbitrariedade com que as decisões são tomadas, um exemplo: A rua Cândido Ribeiro ficou durante anos fecha com uma obra da universidade (Ufma) e agora que as reformas dos prédios foram concluídas um trecho da rua foi simplesmente fechado para passagem de veículos. É estranho que uma rua seja fechada, um fato inusitado que não levou em consideração as necessidades dos moradores da rua e das imediações que durante todos esses anos enfrentaram transtornos e aborrecimentos por não poder circular livremente.
Penso que não é fechando ruas que vamos contribuir para a preservação do pouco que ainda resta do patrimônio arquitetônico da Cidade, que com muito sacrifício conquistou um título importante, o de “patrimônio da humanidade”.
Não vou nem falar da sujeira que toma conta das ruas e dos logradouros, dos odores fétidos que exalam das galerias, dos becos e esquinas, e da falta de banheiros minimamente decentes para atender os que visitam o Centro Histórico, uma mácula que nos matar de vergonha.