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Pesquisas que nada valem…

Por João Melo e Sousa Bentivi*

O ano termina e o processo eleitoral se exacerbará. Muita coisa há de mudar, ainda, para o pleito de 2016, em São Luís. Até agora poucas realidades.

Candidatos com pré-candidaturas definidas, muito poucos. O prefeito, cuja postulação a reeleição é obrigatória; eu, presidente de honra do PRTB, com definição consolidada com o Diretório Nacional e com o presidente nacional da sigla, doutor Levi Fidelix; a extrema esquerda, costumeiramente com um ou dois pré-candidatos, que, pelo exemplo do passado, poderiam ser os mesmos dos pleitos anteriores.

Os outros pretensos pré-candidatos estão longe de sê-los, de fato. A deputada Eliziane Gama, que tem todas as condições favoráveis, pulando de rede em rede, tem a missão primordial de acertar uma, pois a rede em que está parece muito com alçapão.  O vereador Fábio Câmara enfrenta o dilema de trabalhar uma candidatura a vereador em condições favoráveis ou enfrentar um campo movediço, entre o Diretório Regional da sigla e um Palácio dos Leões, mal intencionado, sendo um terrível pano de fundo.

A minha brilhante vereadora Rose Sales já está adredemente na alça de mira dos dois “palácios”. Pelos desencontros recentes, o desejo dos dois palácios é o seu aniquilamento político e como prévia, a imprensa amestrada e corrompida, esquece todas as suas qualidades e enfoca, pura e simplesmente, que a vereadora é menina de recado do sarneisismo. O que não se pode esquecer é que, se ser sarneisista determinar desqualidade ou inaptidão para a vida pública, parece que o Palácio dos Leões e o de La Ravardiére não passariam no teste.

Bira do Pindaré e Neto Evangelista, desde o momento que assumiram os cargos de secretários, o fizerem prestando, em posição de reverência, o juramento ordenado pelo governador Dino, de que jamais pleiteariam o cargo de prefeito de São Luís. Como todos sabemos que o candidato intracordis do governador Dino é Holandinha, caso observemos Bira e Neto na campanha, tratar-se-ão uma versão piorada de Ednaldo Neves, o laranja mais descarado de toda história política de São Luís.

A ex-governadora Roseana Sarney, por sua voz e por qualquer análise política séria, jamais pleitearia essa prefeitura: tem pouco a ganhar e muito a perder e, com olhos no futuro, observa de soslaio 2018. Os desencontros de governo Dino podem devolver a ela viabilidade política, principalmente porque o sarneisismo não criou nenhum produto eleitoral igual a ela. Antes que algum vagabundo queira aventar que eu estou fazendo elogios, informo que nenhum político do Maranhão, principalmente os que estão no poder, poderão apontar nenhum momento de minha existência política que tenha transigido. Por ouro lado tenho liberdade de reconhecer o fato político, como estou fazendo agora.

João Castelo é o último ícone eleitoral da ilha. Não será candidato.  É uma pena não ser candidato. O bico do tucanato virou  uma mancha sem cor e sem cheiro, um satélite orbitando em volta dos leões, com tempo previsto para o seu descarte.        Algum outro nome poderá surgir? Não digo impossível, mas a possibilidade é quase zero.

Como o título dessa matéria é PESQUISAS QUE NADA VALEM, alguém poderá achar que me perdi na escrita. Não, tenham certeza que não.

Pesquisas podem determinar os destinos de uma eleição?Alguém diz que sim e alguém diz que não. Acho que sim.

Uma pesquisa será sempre o retrato de um momento e, há um ano do pleito, seguramente não estaria dizendo a verdade de outubro. Mas uma pesquisa tem, sim, o poder de induzir, de trazer aliados, de estimular militância, de dar ânimo e preparar discursos.

Daí, uma pesquisa para ser séria, teria que estar minimamente lincada com a realidade, caso contrário não é pesquisa. È qualquer coisa, mas não é pesquisa.

Um exemplo claro. Tenho visto muitas pesquisas para a prefeitura de São Luís e, pasmem, aparecem candidatos que todos sabemos, repito, todos sabemos que não são e nunca serão candidatos a prefeito, tais como Gastão Vieira, Astro de Ogum e Roseana Sarney. Aparecem aqueles que nem pré-candidatos são, pois estão em luta declarada em seus partidos, como Fábio Câmara e João Castelo. Aparecem aqueles que nem saíram do laranjal dos Leões: Bira do Pindaré e Neto Evangelista. Aparecem aqueles que nem domicílio eleitoral possuem, como O Luis Fernando, candidato em Ribamar.

Alguém poderá objetar: a pesquisa é livre e o pesquisador tem liberdade. Concordo plenamente. O que eu não concordo é que, há 3 meses, sou pré-candidato pacificado do PRTB e nunca me colocaram em nenhuma das pesquisas. Esse fato não tem nenhuma casualidade. Não sou tolo na política e sei que nessa área não há casualidade e sim pertinentes e perfeitas motivações. Alguém não deseja o meu nome nas pesquisas.

Qual a razão de se esconder o percentual de athenienses que desejam sufragar-me? Poucos ou muitos, não interessa, pois interessa, primeiro, que o meu nome conste nas avaliações. Tenho pesquisas próprias que já me apontam em um bom caminho.

Encaminharei uma correspondência aos institutos que fazem as avaliações, mostrando a minha inconformação com o fato. A pesquisa se inscreve dentro dos fatos de relevância social e política, pois o interesse é público e deve ser tratado com seriedade, respeito e dignidade.

Creio que serei atendido. Afinal, a partir de primeiro de janeiro, as pesquisas se ajustarão a determinadas regras. Um bom 2016 para todos, principalmente para São Luís…

*Advogado, médico, jornalista, pré-candidato a prefeito de São Luís

Marco Aurélio D'Eça

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