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Mera expressão do desejo…

Deputados veem no chefe da Casa Civil Marcelo Tavares uma tábua de salvação na relação com o governador Flávio Dino, mas os fatos mostram que é Márcio Jerry quem ainda dá as cartas no governo

 

A relação no Palácio continua a mesma: Jerry determina, Marcelo executa

A relação no Palácio continua a mesma: Jerry determina, Marcelo executa

 

Desde que o governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou sua reforma administrativa, mexendo em atribuições da Casa Civil e da Secretaria de Assuntos Políticos, deputados passaram a medir a força política dos respectivos secretários – Marcelo Tavares e Márcio Jerry.

E para deputados, principalmente os que conviveram com Tavares em sua época de parlamentar, a decisão de Dino de dar a ele as atribuições de interlocução com a Assembleia, significou que o hoje chefe da Casa Civil passará a ter mais poder do que antes.

A reabertura da Assembleia mostrou que esta expectativa dos deputados era muito mais expressão do desejo do que a realidade propriamente dita. Tavares, de fato, passou a fazer a interlocução com a Casa. Mas a decisão continua sendo tomada por Jerry, principal auxiliar do governador.

Nos dois primeiros dias de trabalho em plenário, quando os deputados discutiram a formação dos blocos, a antecipação da eleição da Mesa Diretora e o próprio comando da Assembleia, Tavares seguiu à risca a sistemática do governo Flávio Dino: ouviu deputados, ponderou demandas, mas precisou ouvir Jerry, e o próprio Dino, antes de tomar decisões.

O interlocutor administrava a pressão de membros do Blocão para que os cargos da Mesa fossem alterados. Mas o martelo só foi batido segunda-feira, após o levante do PCdoB e do PDT contra a liderança de Eduardo Braide (PMN) – que, por sua vez, tentava, com auxílio de Tavares, vencer OthelinoNeto (PCdoB) na disputa pela vice-presidência.

Ontem, no auge do debate sobre a formação dos blocos, foi aos telefonemas disparados do Palácio dos Leões – e não às orientações do chefe da Casa Civil, que estava presente na Assembleia – que os deputados atenderam para reagrupar os blocos.

E a movimentação mostrou que Tavares, de fato, está sendo o interlocutor dos deputados no governo. Mas para atender ao que é determinado pelo Palácio.

Adaptada da coluna Estado maior, de O EstadoMaranhão, de 04/02/2016

Marco Aurélio D'Eça

2 Comments

  1. É UMA POUCA VERGONHA, MAIORIA DOS DEPUTADOS FAZEM ESSES ACORDOS EM BENEFICIOS PROPRIO, ESQUECENDO OS DIREITOS DA POPULAÇÃO, PARA APROVAR TUDO DE RUIM QUE ESSE DESGOVERNO FAZ. BANDO DE VAGABUNDOS QUE SE VENDE. VAO PRO INFERNO NINGUEM AGUENTA MAIS.

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