O ex-prefeito João Castelo quer, mas o partido não; o deputado Neto Evangelista é estimulado, mas morre de medo de contrariar o governador. Assim, os tucanos vão vendo o debate sobre a capital maranhense cada vez mais fora do seu alcance
castelo quer, mas o partido nem cogita; Evangelista morre de medo, embora o partido estimule
Principal partido da oposição no Brasil, o PSDB caminha claramente para a desimportância política no contexto da sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).
O partido demonstra claramente o desinteresse na candidatura do deptuado federal João Castelo, mesmo este tendo praticamente o mesmo índice de intenção de votos do próprio Edivaldo.
E o deputado Neto Evangelista, que a legenda poderia aceitar como candidato, dá demonstração cada vez maior de sua submissão absoluta ao projeto do governador Flávio Dino (PCdoB).
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Castelo não tem nenhuma força política no partido. E seus rolos cada vez maiores na esfera judicial – resultado de sua desastrada gestão entre 2008 e 2012 – dão cada vez mais argumentos para que a cúpula tucana lhe negue legenda.
Neto Evangelista, por sua vez, era esperado ontem, em encontro da juventude tucana, onde teria tudo para sair reinserido no debate da eleição em São Luís.
Mas o deputado acovardou-se de novo, e acabou minimizando o evento, mesmo incensado a semana inteira por causa dele.
Encontro do PSDB: juventude frustrada com resistência de Neto em assumir-se candidato…
O resultado é que com um nome sem credibilidade (Castelo) e outro sem coragem para tomar decisões (Evangelista), o PSDB segue para fora do debate sobre a eleição na capital.
A menos que consiga convencer a deputada federal Eliziane Gama (Rede) a entrar na legenda.
Mas esta é uma outra história…
Nem com todo o apoio do PSDB o Neto Evangelista emplaca a candidatura, pois sabe que não tem cacife para concorrer à prefeitura. Ainda está muito verde para a função. Castelo, por sua vez, está queimado. Prova disso é que o povo o rejeitou. E o ÉdeH, o prefeito chuchu, tem tudo para não ganhar nada., visto que a maioria da população considera sua administração um tipo de água com açúcar,.
Aí, quem é que sobra? A Eliziane, que parou de crescer, mas que continua “convidada” pelas forças governistas a desistir; Bira, que parece um projeto B do governo para tirar votos da Eliziane e levar a eleição pro segundo turno; Rose Sales e Fábio Câmara, que não vão emplacar mesmo; e o pássaro canoro Bem-te-vi, que vem fazendo análise do quadro político via blog, mas que também não tem nenhuma chance de vencer. Ou seja, o meio de campo ainda está muito embolado e o tempo muito nublado para se ter uma clara visão desse mexe-mexe no tabuleiro do xadrez político.
Esse processo de acomodação de forças, e do atendimento dos interesses pessoais e partidários, ainda vai demorar um bom tempo.
JESUS DOS SANTOS