Os principais candidatos a prefeito de São Luís – Eliziane Gama (Rede) e Edivaldo Júnior (PDT) – estão separados por um velho conhecido das eleições; o ex-prefeito João Castelo (PSDB).
É o tucano quem divide o voto com Edivaldo na segunda posição, embora o prefeito demonstre preocupação com o deputado Bira do Pindaré (PSB), que não chega a alcançar metade dos seus votos.
Castelo tem um senão para se viabilizar candidato: a rejeição aberta e pública do próprio partido, o PSDB, que já vetara sua candidatura ao senado em 2014.
Mas os levantamentos realizados até aqui – públicos ou de consumo interno dos partidos – mostram que ele tem cacife para embaralhar o jogo da sucessão na capital maranhense, e até tirar o prefeito de um eventual segundo turno.
O desinteresse momentâneo de Edivaldo na candidatura de Castelo tem uma explicação que passa pelo Palácio dos Leões: o prefeito entende que o governador Flávio Dino (PCdoB) terá condições de convencer o vice-governador, Carlos Brandão, a não dar legenda para o deputado federal.
Na semana passada, Castelo fez uma espécie de provocação ao próprio partido. “Serei o candidato do PSDB a prefeito”, disse ele, durante evento na capital maranhense. Para ter essa garantia, ele articula com a direção nacional tucana, que tem interesse em se fortalecer nas capitais para as eleições de 2018.
E os números da corrida em São Luís que circulam nos bastidores da pré-campanha é uma espécie de senha para que ele resista à pressão da cúpula do partido.
Vai conseguir?