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Flávio Dino na visão dos próprios colegas…

Governador que assumiu a defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff é visto por ex-colegas de Justiça Federal como “limitado” e “sem conteúdo jurídico”

 

Dino na defesa de Dilma: "limitado" e "sem conteúdo"

Dino na defesa de Dilma: “limitado” e “sem conteúdo”

Ex-juiz federal, ex-presidente da Associação de Juízes Federais (Ajufe) e ex-secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça. É com estas prerrogativas que o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) tem se apresentado na defesa da presidente Dilma Rousseff (PT).

E acusa o próprio meio em que viveu por 12 anos – o Judiciário – de tentar um golpe no país.

A reação seria natural. E veio pela voz da própria Ajufe, que ele presidiu.

– Dino expressa opinião estritamente de cunho político, sem apontar nenhum conteúdo jurídico – é o que diz o atual presidente da associação de juízes, o Antônio César Bochenek.

Diz mais o magistrado federal: “Comparar a situação atual do país com o nazismo ou o fascismo revela limitação argumentativa”.

É este o perfil que Flávio Dino tem hoje entre seus próprios pares.

Simples assim…

Marco Aurélio D'Eça

5 Comments

  1. NOSSA COMO UMA PESSOA SEM DENSIDADE DE CONHECIMENTO JURIDICO PODE PASSAR EM PRIMEIRO LUGAR NUM CONCURSO DE JUIZ FEDERAL, E POR DUA VEZES?

  2. Acho que o presidente da AJUFE é que se equivocou, e feio. Basta ver o teor da decisão do Ministro Teori para constatar, de modo estritamente técnico, como o Juiz Moro usurpou os limites legais e os de sua competência. A AJUFE tem, por missão óbvia, defender as prerrogativas da magistratura federal, mas para isso não precisa usar da retórica na tentativa de transformar um ato evidentemente ilegal em algo lícito.

  3. Meus parabéns ao blogueiro Marco d’Eça, por oferecer a seus leitores a oportunidade de ver opinião contrária a do governador FDino e de outros “juristas” e advogados que foram manifestar um apoio de conveniência à presidanta, mesmo sabendo das irregularidades que ela cometeu ao violar a Lei de responsabilidade Fiscal – as famosas pedaladas fiscais -, devidamente apontadas pelo TCU-Tribunal de Contas da União, quando da rejeição por unanimidade, da sua prestação de contas relativa às eleições presidenciais de 2014.

    Confesso que me senti, como leitor do blog, um pouco frustrado depois de ler nos blogs do Gilberto Leda e do Luis Cardoso a opinião do atual presidente da AJUFE sobre a do governador maranhense, informação ainda não divulgada neste espaço. Agora, sinto-me recompensado.

    Porém, como o blog só colocou um pequeno trecho da opinião do presidente da AJUFE, solicito-lhe a gentileza de reproduzir a opinião do magistrado em sua íntegra, conforme abaixo, até para demonstrar que não há parcialismo por parte do blogueiro, pelo que antecipadamente agradeço:

    “Presidente da Ajufe diz que discurso de Flávio Dino não tem conteúdo jurídico
    Política 23-03-2016 às 10:16
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    Por Gilberto Leda
    O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Antônio César Bochenek, fez ontem (22) duras críticas ao discurso do governador Flávio Dino (PCdoB), em evento no Palácio do Planalto, condenando o que considera atuação política de membros do Judiciário brasileiro e arbitrariedades na condução da Operação Lava Jato (reveja).

    Em nota oficial encaminhada à Folha de S. Paulo, Bochenek disse que o comunista utiliza-se do fato de ser ex-presidente da Ajufe e governador do Maranhão para emitir “opinião estritamente de cunho político”, limitada argumentativamente e sem nenhum conteúdo jurídico.
    “Utilizar-se de posições representativas, como governador do Maranhão e ex-presidente da Ajufe, para dar força jurídica a declarações políticas, em nada contribui para o debate democrático e a pacificação social”, disse.

    O magistrado defendeu que “não há golpe orquestrado na atuação do Judiciário dentro dos estritos limites legais”. “Dino expressa opinião estritamente de cunho político, sem apontar nenhum conteúdo jurídico ou as ilegalidades que classifica como ‘golpe do Judiciário’”, disse.

    “Comparar a situação atual do país com o nazismo ou o fascismo revela não apenas limitação argumentativa, como também um desrespeito com o povo brasileiro, que não espera por um ‘führer ou protetor’ mas pelo fim da corrupção e da impunidade”, completou.

  4. Esse corporativismo é imbecilizante.
    A Cia telefônica pode até gravar algo após a ordem do Juiz, mas este, se sensato fosse, não divulgaria o após. A conversa de que Janot concordou é para boi dormir. Primeiro que não é procurador que autoriza, é juiz. Segundo, que Juiz consulta o superior no próprio judiciário e não no Ministério público, pois todo mundo sabe da guerra de vaidades que se dá entre a magistratura e o MP. Terceiro, o Juiz tem o dever de eliminar todo e qualquer diálogo cujo teor não se relaciona com o processo, está na lei. Ele divulgou diálogos com mero fim de desmoralizar, pois de assuntos não relacionados com o teor da investigação. Agiu como bandido !!!!!

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