Impressionante como uma empresa faz lista de propina a políticos e ainda registra tudo contabilmente; só no Brasil dos desvios públicos…
A “lista de Schindler” da empreiteira Odebrecht revelou ao Brasil um novo organograma empresarial no país: o departamento de corrupção.
Chega a ser ridículo que uma empresa do porte de uma Odebrecht possa pagar propina a um governo para ter acesso a obras. Mais ridículo, no entanto, é que esta empresa ainda registre contabilmente este pagamento de propina.
O departamento de Corrupção da Odebrecht aponta para mais de 200 políticos brasileiros com “benefícios’ vinculados à empresa.
Do poderoso PT ao oposicionista PSDB; do já notório PP ao fiel da balança PMDB.
Mas para quê registrar contabilmente um esquema de corrupção senão para ter como amarrar seus beneficiários?
A Odebrecht abriu novas frentes de investigação na Lava Jato, com prováveis novos desdobramentos.
A partir do inédito “Departamento de Corrupção” da empresa…
Essa prática imoral não é exclusividade da Ordebrecht e só causa espanto em quem não conhece a história do estado patrimonialista brasileiro onde os poderosos usam o patrimônio público como se particular o fosse.
Como explicar que um simples funcionário de uma estatal apareça com um patrimônio incompatível com o que ganha?
É estranho que ninguém olhe para esses e tantos outros casos escabrosos.