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Holandinha tem cerca de 70% de risco de ficar fora do 2º turno, dizem pesquisas…

Os levantamentos da Econométrica, Exata e Prever sugerem pelo menos 81 possibilidades de cenários, aplicando-se a margem de erro de cada instituto; em apenas 30% deles o prefeito consegue chegar ao segundo turno em primeiro lugar

 

Prefeito melhorou, mas ainda precisa ampliar cenários

A análise estatística e criteriosa dos números já apresentados pelas últimas três pesquisas de intenção de votos em São Luís apontam um futuro nebuloso para o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) na disputa pela Prefeitura de São Luís.

As margens de erro dos levantamentos – de 3,1 ponto para mais ou para menos na Econométrica e na Prever; e 4 pontos na Exata – sugerem que o prefeito só conseguiria chegar em primeiro lugar na disputa, se a eleição fosse hoje, em apenas três cenários possíveis.

Em outras 15% de possibilidades, ele passaria em segundo.

O prefeito ficaria, no entanto, fora da própria sucessão em nada menos que 30% dos 81 cenários possíveis, a partir dos números já divulgados.

Para efeito de comparação, a situação e Holandinha é inversa à da deputada Eliziane Gama (PPS). Ela ficaria fora do segundo turno em apenas três possíveis cenários. Em todos os demais ela estaria garantida, seja em primeiro ou em segundo lugar.

E vence todos os adversários em segundo turno.

Os institutos utilizam a margem de erro como uma espécie de tolerância para eventuais equívocos dos índices nominais (aqueles que são divulgados).

Um exemplo: o Instituto Exata disse que seu levantamento tem margem de erro de 4 pontos. Ou seja, se a pesquisa mostrou Edivaldo com 23%, empatado com Eliziane, isso quer dizer que ele – ou ela – pode estar em patamar de 27% ou de apenas 19% dos votos.

Os três cenários possíveis das pesquisas implicam em uma infinidade de outras possibilidades

Neste caso específico, o prefeito poderia estar em primeiro lugar em apenas uma situação: se sua margem de erro fosse aplicada para cima e tanto a de Eliziane quanto a de Wellington do Curso (PP) se mantivessem ou fossem aplicadas para baixo.

Na maioria dos demais cenários – de cada um dos três institutos – o prefeito ficaria fora do 2º turno.

Para fazer leitura de pesquisas, é preciso levar em conta todas estas variáveis. Analisar apenas os índices nominais é um equívoco que leva a análises precipitadas, embora seja o mais comum nesta altura da campanha.

Além da margem de erro, os institutos utilizam o chamado “Intervalo de Confiança”, geralmente na casa dos 95%.

O que isso significa?

Significa que, de cada 10 levantamentos realizados é certeza que mais de 9 darão exatamente o resultado divulgado.

E isto é científico, incontestável.

Neste caso, o que se avalia da situação do prefeito é que seu índice de rejeição pode estar fazendo com que ele perca a chance de ir ao segundo turno em pelo menos 70% dos possíveis cenários eleitorais.

E a taxa de rejeição é a mais difícil de superar em uma eleição municipal.

Mas esta é uma outra história…

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