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Mas a decisão é dele…

Aproximação de vários partidos à candidatura do prefeito Edivaldo Júnior teria o objetivo de afastá-lo da dependência do governador Flávio Dino; estaria nesta justificativa o interesse também de membros do grupo Sarney na candidatura do pedetista

 

lideranças querem afastar Edivaldo do controle de Dino

O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) pode acabar reunindo no mesmo palanque partidos com identidade e projetos tão díspares quanto antagônicos na política do Maranhão. Aliados da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), do senador Roberto Rocha (PSB), petistas, comunistas, tucanos, democratas e toda sorte de bandeiras partidárias devem subir no palanque do candidato número 1 do governador Flávio Dino (PCdoB).

Mas o motivo é um só: há um movimento de todas essas lideranças e partidos para que a prefeitura deixe, já agora durante a campanha, de ser uma espécie de “puxadinho” do Palácio os Leões, como definiram as próprias personagens que falaram do assunto.

O projeto talvez explique o intenso movimento de partidos como DEM, PTB, PSD e até PMDB para formar a coligação de Edivaldo. Entendem as lideranças dessas legendas que chegou o momento de tirar o prefeito do raio de influência do governador, projeto que conta, inclusive, com o apoio do pai de Edivaldo, o deputado homônimo, do PTC.

Na verdade, não é de hoje que agentes políticos atuam na tentativa de dar ao prefeito uma maior independência em relação ao Palácio dos Leões. O PDT, por exemplo, liderado no Maranhão pelo deputado Weverton Rocha, trabalha com esse intuito desde o início do mandato do prefeito, em 2013.

A questão é que tudo depende tão somente do próprio prefeito Edivaldo Júnior. E ele, que sempre mostrou forte dependência das decisões de Flávio Dino, não parecia muito disposto a contrariar os interesses do comunista – em nenhum aspecto de sua vida política. Qualquer decisão da prefeitura, por mais simples que fosse, tinha de ser submetida, por orientação do prefeito, à análise do governador e seus agentes mais próximos.

O que levou essas lideranças partidárias a achar que a partir de agora tudo vai ser diferente, ainda é um mistério.

Mas a decisão ainda é só de Edivaldo Júnior…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog
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