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Maranhão coronelista: prefeito oposicionista é vítima de armação política…

O Estado do Maranhão vive tempos de penumbra.

Parece que a política coronelista, típica do estado colonial, está de volta, desta feita sob nova roupagem ideológica. Prefeitos que não rezam na cartilha do governo do estado são tratados e perseguidos pelo aparato estatal, que deveria proteger os cidadãos de bem, enquanto isso, aqueles que foram envolvidos com agiotagem, e que se curvaram de joelhos aos leões, até hoje não sofreram qualquer penalidade, a exemplo do ex-prefeito da cidade de Mirinzal, Ivaldo Brasil.

Desde domingo (2), após um show de arbitrariedades na televisão, encenado por agentes da polícia civil do Maranhão, que afirmaram categoricamente, que o prefeito de Mirinzal, Amaury Almeida, que apoiou na eleição passada, Lobão Filho para o governo estadual, teria cometido, pessoalmente, ato contra a vida de um cidadão, o que ensejou sua prisão e exposição ilegal e arbitrária, o tribunal de justiça do Maranhão, em audiência monitória, decidiu, hoje às 18h pelo relaxamento da prisão em flagrante por sua ilegalidade declarada.

Armação

Em um ato ilegal e proposital, segundo a defesa do prefeito Amaury, agentes da polícia civil, sob ordens diretas da delegacia regional de Pinheiro e da Secretaria Estadual de Segurança, empreenderam a uma prisão em flagrante, sem qualquer elemento legal, em pleno meio dia, quando o prefeito municipal e candidato à reeleição vinha de visita às seções eleitorais, cumprimentando os mesários e fiscais, fora abordado por três carros de polícia civil, diversos agentes armados com metralhadoras e escopetas, que conduziram o prefeito e seus acompanhantes para a delegacia regional de Pinheiro. O mais interessante, é que, antes mesmo de ser preso, a prisão do candidato já havia sido noticiada, em rádios e blogs da capital.

Na regional de Pinheiro, sob a vista da defesa, constatou-se que Amaury não estava preso, mas tão somente detido, o que motivou o pedido de soltura imediata, negado pelo delegado regional, Carlos Renato.

Sem qualquer ordem de prisão emanada de autoridade competente, sem estado de flagrância, sem inquérito formal, e ausentes os indícios de materialidade e de autoria, o prefeito ficou detido de forma arbitraria pela autoridade policial, que a todo instante recebia ligações superiores para que o inquérito fosse concluído na mesma tarde, e não sendo, o delegado regional disse à defesa que recebera ordens superiores para que o acusado fosse conduzido à secretaria de segurança, e que a defesa que tirasse suas conclusões disso. O que demonstra a pressão política funcional que existe hoje no aparato estadual de segurança, que ao que parece, não está nem aí para as garantias individuais consagradas pelo Estado de Direito.

Óbito

Hoje, em rádios e televisões, a Superintendência da Polícia civil afirmou que o prefeito e então candidato a reeleição teria assassinado uma pessoa, e o mais estranho, o tal cadáver nunca existiu. A própria vítima afirma em vídeo, ao lado do seu pai, gravado nas dependência do hospital Santa Casa de Misericórdia em Cururupu, de que não viu Amaury no local e nem tampouco fora ele quem atentou contra a sua vida.

Mesmo com todas as evidencias já ofertadas pela defesa, a autoridade policial preferiu acatar um depoimento de uma testemunha partidarizada de oposição, que é um ex-detendo, que se encontra sob liberdade provisória e com júri popular a ser enfrentado nos próximos meses, ou seja, a palavra de um homem de reiteradas praticas delitivas, foi o suficiente para que a polícia do maranhão formasse seu convencimento: coisas de estado colonial.

Após o escândalo proposital, que tem se mostrado uma verdadeira armação, candidato da base governista sagrou-se vencedor no pleito municipal, enquanto o atual prefeito, preso de forma vergonhosamente ilegal, teve a sua militância desestimulada para ir para as urnas, ante aos comentários de que os seus votos não seriam validados.

Consultados por este blog, a defesa do prefeito, garantiu que serão tomadas todas as medidas legais para que os agentes estatais dos quais emanou a ordem ilegal de prisão, sejam responsabilizados, sob pena de se instituir no Maranhão um regime autoritário de exceção, onde a lei vire letra morta e a vontade de um só homem predomine.

Da Ascom/Mirinzal

Marco Aurélio D'Eça

2 Comments

  1. ACABOU PRA TI EX-PREFEITO. VAI TE EMBORA E LEVA A SUA CORJA JUNTO. ACABOU E PONTO FINAL.

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