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A falta que o Câmara faz à Câmara…

Atrelado umbilicalmente aos interesses do prefeito, Legislativo de São Luís age como se não precisasse existir; e os novos vereadores fazem sentir saudades dos primeiros meses de 2013, quando bastou um para mexer com a cidade

 

Fábio Câmara em ação em plenário, nos órgãos de controle, nas ruas e até em ônibus: vivendo a realidade

O ano era 2013.

Os meses de janeiro e fevereiro passaram a conviver com uma figura quase onipresente na mídia, com fatos e histórias quase diárias sobre a situação de São Luís.

Vereador já empossado, o peemedebista Fábio Câmara roubava a cena política, transformando a Câmara Municipal em cenário de debates fundamentais para a cidade, mesmo antes do início dos trabalhos

Quatro anos depois, é possível perceber a falta que o Câmara faz à Câmara.

Dos antigos vereadores, alguns já com muitos mandatos, esperava-se isso mesmo: o pouco interesse no debate e as discussões de bastidores por interesses outros.

O plenário da nova Câmara Municipal: vazio mesmo, não faz diferença…

Mas, e os novos vereadores? Aqueles que se elegeram como esperança de mudança para o povo?

A safra que saiu das urnas em outubro passado parece alheia a tudo o que diz respeito à Política; e até os bons de fala parecem neutralizados pela inoperância parlamentar.

Na ausência de nomes novos com vontade de fazer diferente, o noticiário da Câmara acaba protagonizado pelo velho e bom Astro de Ogum (PMN), que gerou os principais fatos do Legislativo Municipal neste início de mandato.

É lamentável que jovens vereadores se aboletem no Parlamento apenas com o intuito de ter um emprego – alguns arranjados por pais, tios, irmãos ou outros parentes poderosos.

E essa mediocridade mostra bem a falta que faz um vereador com vontade de discutir a cidade.

Que falta o Câmara faz à Câmara…

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