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Vazamento do vazamento…

A demissão de um auxiliar do governo Flávio Dino apenas dez dias antes de a Polícia Federal realizar operação contra ele, levanta suspeita de que – mas uma vez – pode ter havido vazamento da ação policial, exatamente o objetivo da Operação Turing

 

Danilo: governo se livrou antes

Uma estranha coincidência marca a Operação Turing, da Polícia Federal – que levou para a cadeia na manhã de ontem um servidor da própria PF, empresários e blogueiros, acusados de formar uma “organização criminosa” com objetivo de atrapalhar investigações policiais – e a exoneração do secretário-adjunto de tecnologia da Secretaria de Administração Penitenciária do governo Flávio Dino (PCdoB), Danilo dos Santos Silva.

Danilo é policial federal e foi apontado na investigação – que começou em 2015 – como cabeça do suposto esquema.

Nesse período, ocupava o cargo de adjunto no governo comunista.

A demissão “voluntária” providencial

Estranhamente, porém, o governo decidiu exonerá-lo-, em publicação no Diário Oficial do Estado do dia 9 de março. Exatamente 10 dias antes da operação da Polícia Federal.

Curiosamente, a Operação Turing visava coibir vazamentos de investigações outras. Como explicar, então, um possível vazamento da operação para evitar vazamentos?

O governo Flávio Dino emitiu nota, por meio da Seap, na qual afirma que a exoneração de Danilo dos Santos Silva se deu a pedido dele, por motivos particulares. Mas a saída “voluntária” do ex-secretário adjunto a poucos dias da operação da PF deixa, sim, margem para dúvidas.

Mesmo porque, nos pedidos que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal fizeram ao juiz Magno Linhares, da 2ª Vara da Justiça Federal, em São Luís, havia um de busca e apreensão na própria secretaria de Administração Penitenciária negado pelo magistrado.

Levanta-se suspeita, portanto, de um vazamento da operação contra vazamento…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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