O simples fato de ter que ir para uma segunda rodada de disputa em 2018 – com qualquer um dos candidatos – mostrará ao comunista que a população se decepcionou com o seu projeto de mudança
Eleito em 2014 como o símbolo da mudança no Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) tinha obrigação de chegar a 2018 como um candidato imbatível, assegurado como favorito para a vitória em primeiro turno.
A um ano do pleito, no entanto, o que se vê é o comunista atrás de Roseana Sarney (PMDB) em todas as pesquisas e tendo que dividir a atenção do eleitorado com outros candidatos, como Roberto Rocha (PSDB), Maura Jorge (Podemos) e agora, também, Ricardo Murad (PRP).
Para quem sonhou ser o novo Sarney no Maranhão, Flávio Dino chega às vésperas de 2018 como um retumbante fracasso político-administrativo. E a entrada de Roseana no pleito pode transformá-lo, não num Sarney, mas no novo Jackson Lago (PDT).
Um eventual segundo turno já será uma derrota para Flávio Dino.
E, mesmo se vencer, terá um segundo mandato apático, espécie de fim de festa, sem perspectiva alguma de construir um cenário de sucessão em 2022.
Qualquer que seja o resultado da eleição do ano que vem, portanto, o governo Flávio Dino encerra fracassado seu ciclo de quatro anos.
Não construiu uma obra consistente no Maranhão, não avançou politicamente e não apontou cenários de desenvolvimento para o estado.
Já é, por si só, o grande derrotado de 2018.
Simples assim…