Mesmo encastelado no poder, comunista terá dificuldade para juntar em torno de si legendas que devem seguir projetos presidenciais distintos
O governador Flávio Dino (PCdoB) tinha tudo para chegar a 2018 como o grande agregador de legendas, mas mais diversas, em seu projeto de reeleição.
Mas o fracasso do seu governo, o surgimento de várias outras candidaturas competitivas e o projeto nacional das principais legendas devem dificultar a formação de uma coligação comunista.
Dino já perdeu o PSDB – que deu seu vice em 2014 – e tende a perder também PPS, PSB e DEM, legendas que caminham para uma aliança com os tucanos na disputa presidencial.
E o lançamento da candidatura presidencial da ex-deputada Manuela D’Ávila, pelo PCdoB, pode dificultar, inclusive, a formação de aliança com PT e PDT, que também terão candidaturas presidenciais.
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Desgastado como governador, Dino sabe que não poderá repetir o engodo de 2014, quando reuniu em seu palanque candidatos presidenciais tão distintos quanto Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Repetir o feito em 2018, com Lula (PT), Manuela e Ciro Gomes (PDT), diante de um eleitor já desconfiado de sua ideologia furta-cor, pode precipitar sua derrota.
Caberá ao governador, agora, reunir condições eleitorais a partir do PCdoB, com tempo reduzido de televisão e sem ter mais o que prometer ao eleitor, além de mentiras.
Sem dúvida, um cenário catastrófico para o comunista…