Ao avançar sem limites sobre partidos e cooptar lideranças políticas – e comemorar o fato como troféu – o governo comunista apenas confirma o sonho de Flávio Dino de um dia ser Sarney
Fizeram a festa com a provável adesão do ex-ministro Gastão Vieira (Pros), comemoraram a suposta reunião em Brasília com DEM, PTB, PR – depois desmentida como tratando-se de reunião com Weverton Rocha (PDT) – e levantaram a hipótese de isolar a oposição.
Para Flávio Dino et caterva isso é um feito digno.
Mas assim se formam os “capo di tutti capi”, ou o “chefe dos chefes” numa tradução livre.
Este blog sempre apontou que o sonho de Flávio Dino sempre foi seguir a trilha do senador José Sarney, único maranhense a alcançar todos os principais postos de liderança política no Brasil. (Releia aqui e aqui)
O problema é que o acaso da história levou Sarney ao Olimpo político.
Dino não. Dino age com autoritarismo, impondo o medo, com ações de guerrilha forjadas em “laboratório”.
Ao planejar, milimetricamente, cada passo para chegar ao poder, Flávio Dino acaba por subverter a regra; e acaba se tornando o que ele sempre diz criticar: apenas “um chefe dos chefes”, na pior acepção da palavra.
Comemorar a cooptação de adversários em troca e espaços de poder às custa do dinheiro público é uma indignidade.
Mostra também a insegurança do poder e a capacidade de estar disposto a tudo para mantê-lo.
Como capo di tutti capi, Flávio Dino mostra todo o seu sonho de um dia chegar ao nível do ex-presidente Sarney.
Mas suas atitudes o deixam cada vez mais distante deste olimpo…