Ao jogar a responsabilidade de viabilização para os próprios pré-candidatos, comunista põe-se acima dos interesses eleitorais dos aliados, como um coronel político da metade do século passado
O governador Flávio Dino (PCdoB) adotou uma postura autoritária, coronelista e prepotente na escolha do seu segundo candidato na disputa pelo Senado, em outubro.
O primeiro nome, já escolhido, é o do deputado federal Weverton Rocha (PDT).
Ao dizer que caberá aos próprios pré-candidatos – José Reinaldo Tavares (PSB), Waldir Maranhão (Avante) e Eliziane Gama (PPS) – se viabilizar na disputa e, ainda por cima, convencer os outros a apoiá-los, Dino adota uma postura equidistante, que não adotou na escolha do próprio Weverton.
Até porque, se quisesse escolher o que estiver viabilizado, já deveria ter anunciado o nome da deputada Eliziane Gama, única com base eleitoral definida e com posição de destaque em todas as pesquisas de intenção de votos.
Ora, se Dino apontou Weverton Rocha como seu primeiro nome na disputa – sem sequer levar em conta a opinião dos outros três candidatos – por que obriga estes três candidatos a se viabilizarem sozinhos, inclusive entre eles próprios?
Os sinais de Dino apontam para a perspectiva de que ele não pretende mesmo ter algum dos três nomes em sua chapa; ele parece querer tirar um nome do bolso.
Neste aspecto, só há uma saída para José Reinaldo Tavares, Waldir Maranhão ou Eliziane Gama: se impor ao comunista como candidato, a ponto de forçá-lo a apoiá-lo.
Exatamente como fez o próprio Weverton Rocha, que tornou seu nome irreversível com, a força do seu PDT.
É simples assim…
ELe já sabe que não elege nenhum pra senado. Dino não tá muito preocupado com a vaga de Senador e sim com a de Governador que ele tá quase perdendo.
Não sei se você tem conhecimento disso, mas o sonho de Flávio Dino é ter, sabe quem, em sua chapa? O deputado federal Sarney Filho. E isso todo mundo ao redor do comunista sabe. Ele sonha uma desistência do grupo Sarney em lançar candidato ao governo, com Roseana e Sarney alheios à disputa, de preferência Roseana nos Estados Unidos e Sarney no Amapá, e Zequinha seu segundo senador. E pode acreditar: se ele ainda não escolheu o segundo nome, é porque acredita ainda na viabilidade desse projeto.