Homem forte do governo e lugar-tenente do próprio governador vetou todas as possibilidades de o deputado compor o secretariado, além de inviabilizar sua candidatura a senador na chapa comunista
É preciso deixar claro um aspecto neste rompimento entre o ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido) e a sua criatura, o governador Flávio Dino (PCdoB): foi o comunista quem se afastou de seu padrinho e não o contrário.
Flávio Dino deu carta branca ao seu lugar-tenente, Márcio Jerry, que agiu desde o primeiro dia do governo comunista para inviabilizar os projetos reinaldistas.
E todas as ações tiveram a chancela – ou pelo menos o “de acordo” – do próprio Flávio Dino.
No início do governo comunista, Tavares foi cotado para a Secretaria de Infraestrutura, mas foi vetado por Márcio Jerry; depois, cogitou-se sua ida para a Saúde, também vetada por Márcio Jerry.
Até o posto do sobrinho de José Reinaldo, o chefe da Casa Civil Marcelo Tavares, foi esvaziado ano após ano, até perder importância no organograma do Palácio dos Leões.
Mas a crueldade de Jerry com o principal criador do seu governador foi a ação constante, ininterrupta e ostensiva contra a candidatura reinaldista ao Senado.
O lugar-tenente de Flávio Dino trabalha desde 2015 para impedir que José Reinaldo Tavares figurasse na chapa de Flávio Dino em 2018.
São quatro anos de conspiração, portanto.
Jerry, agora, conseguiu o seu intento.
A que preço?!?