Rancoroso e ingrato nas relações políticas, governador maranhense nunca engoliu o fato de o PT ter optado pela aliança com o PMDB nas eleições de 2006, 2010 e 2014; e agora usa o momento de fragilidade do líder petista na tentativa de ocupar espaços nas esquerdas
Editorial
Um dos traços de personalidade mais latentes no perfil do governador Flávio Dino (PCdoB) é a sua absoluta incapacidade de resignação.
Rancoroso ao extremo, Dino alimenta por anos o ódio daqueles que, de uma forma ou de outra, contrariam seus pensamentos e suas opiniões.
E o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é mais uma vítima do rancor desmedido do comunista maranhense.
Rancor que já fez outras vítimas em sua curta escalada política: Jackson Lago (PDT), José Reinaldo Tavares (PSDB), Roberto Rocha e Sebastião Madeira (ambos do PSDB), Edison Vidigal, e Waldir Maranhão, para citar apenas alguns.
Flávio Dino nunca perdoou a opção de Lula pela candidatura de Roseana Sarney (MDB) em 2006 e em 2010, e pela de Edinho Lobão (MDB) em 2014.
Mal entende o comunista que essa opção do petista foi também fruto de sua gratidão a gestos de José Sarney e Roseana ainda em 1998 e 2002, quando, se a conjuntura permitisse, o ex-presidente já estaria com a ex-governadora.
Incompreensível e egoísta, o comunista se aproveita do momento mais frágil do ex-presidente para aplicar-lhe um golpe duríssimo: o descarte prematuro de sua candidatura presidencial.
Dino nunca quis a candidatura de Lula.
Sempre atuou em favor de Ciro Gomes; não por que admira o tresloucado ex-governador, mas por achar que, esvaziando os dois – o primeiro pela inviabilidade legal e outro pela inviabilidade eleitoral – herdará naturalmente o bastão das esquerdas.
O golpe do comunista no principal líder de esquerda da América Latina – apesar do recuo patético, diante da repercussão negativa do fato – tem um simbolismo ainda maior por causa da covardia de Dino, que esperou exatamente o trigésimo dia da prisão do petista.
Enquanto outras lideranças se manifestavam em cartas e artigos em homenagem a Lula, Dino desfere o golpe de traição descartando o ex-presidente em âmbito nacional.
E o fez por que sabe da fragilidade do PT maranhense, da incapacidade de reação dos petistas e da força dos opositores de Lula no centro e na direita.
As pessoas que alimentam o rancor como opção de vida são também covardes.
E a covardia de Flávio Dino contra Lula só ampliou o tamanho do seu rancor.
Simples assim…
Rancoroso é teu patrão que mandou tu escrever esta besteira aí.
meu caro Marco, você acha q tal pessoa cumpri com seus acordos. Quantos dos seus ja foram traidos, com LULA nao seria diferente, a nao ser que ele “Lula” ofereça alguma vantagem. Os amigos deste rapaz, sao amizades de “conveniencia”. Quando nao tem mais utilidade, descarta-os.