Radical e intolerante, candidato a presidente estimula o discurso do ódio e atrai contra si fanáticos de todos os perfis, num ciclo que resulta na violência contra a violência; imagine se já estivesse em vigor sua política de armar todos os cidadãos?
Editorial
Várias teorias da conspiração surgiram após o esfaqueamento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) – desde aquelas que veem trama para torná-lo vitorioso no primeiro turno até as que classificam de fake tanto a facada quanto o circo que se armou em torno do episódio.
Para além dessas teorias, este blog analisa o episódio das facadas no candidato como uma consequência do seu próprio discurso do ódio.
Bolsonaro estimula a violência em todos os níveis.
Ele agride mulheres, ofende homossexuais, despreza nordestinos, negros e índios e atrai para si, e contra si, todo tipo de fanático, que, assim como ele, são incapazes de viver democraticamente com as diferenças.
Bolsonaro, portanto, é vítima apenas de si mesmo.
Suas ideias de país e de mundo são tão absurdas quanto contraditórias, e isso gera debates inflamados.
Imagine um candidato que diz defender a “família tradicional” – seja lá o que isso quer dizer – e declara ter um apartamento funcional, pago com dinheiro público, para ter um local em que possa “comer mulher”?
O ataque ao candidato é absolutamente desprezível, como desprezíveis são suas políticas.
Ele foi atacado a faca, passou por cirurgia e se recupera.
Agora, imagine se já estivesse em vigor sua ideia de dar a todo cidadão o direito de ter uma arma de fogo?
Apenas uma reflexão…