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Investigado pela Polícia Federal doa R$ 10 mil à campanha de Flávio Dino..

José Eugênio Mendonça figurou como investigado na Operação Draga, da PF, que apurou irregularidades na gestão de um contrato de mais de R$ 60 milhões para dragagem no Porto de Itaqui

 

Eugênio Mendonça é alvo da PF e doou R$ 10 mil a Dino

De O EstadoMaranhão

Alvo de uma operação da Polícia Federal na Empresa Maranhense Portuária (Emap), o engenheiro José Eugênio Mendonça de Araújo Cavalcante, diretor de engenharia do órgão, é um dos doadores da campanha do governador Flávio Dino (PCdoB).

Segundo dados do DivulgaCand, plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhamento de contas eleitorais e candidaturas, Cavalcante fez uma transferência eletrônica de R$ 10 mil para a conta de campanha comunista no dia 30 de agosto.

O diretor da Emap foi um dos investigados pela Polícia Federal no bojo da Operação Draga, deflagrada em julho de 2017. Ele chegou a ser afastado cautelarmente do cargo, ficou impedido de acessar o órgão e os federais cumpriram mandados de busca e apreensão em sua residência.

Segundo a PF, a investigação que envolveu um dos doadores de campanha de Flávio Dino teve início com as declarações de um ex-funcionário da empresa que administra o Porto de Itaqui em São Luís. Esse ex-funcionário afirmou que, apesar de ocupar a função de gerente de projetos, cargo no qual deveria acompanhar a execução da obra, o andamento da obra foi deliberadamente omitido dele, com o possível objetivo de ocultar fraudes.

A responsabilidade pela execução dos contratos coube ao coordenador de projetos, enquanto que o gestor do contrato foi José Eugênio Mendonça.

Segundo declarações do ex-funcionário e indícios colhidos durante a investigação, a Empresa FOTOGEO, contratada para a fiscalização, não estava realizando a batimetria, mas apenas copiando dados fornecidos pela própria empresa responsável pela execução da obra, JAN DE NUL, e esses fatos eram de conhecimento do coordenador de projetos e diretor de engenharia. A lancha, por exemplo, supostamente utilizada pela Empresa FOTOGEO para realizar a batimetria, estava alocada para a Empresa JAN DE NUL.

Há também indícios de fraudes na obra de dragagem em si, como a ausência de fiscalização (batimetria) pela Empresa FOTOGEO, a aparente manipulação na sindicância instaurada para apurar os fatos referentes à fiscalização e o sobrepreço dos custos de mobilização/desmobilização e da obra de dragagem em si.

O custo de mobilização/desmobilização da obra foi de R$ 32 milhões, enquanto que o custo da obra em si foi de R$ 28 milhões, ou seja, o custo da mobilização/desmobilização foi superior ao da própria obra.

Mais

À época da Operação Draga, José Eugênio Mendonça manifestou-se sobre a ação policial. Na sua página pessoal no Facebook, o engenheiro se disse vítima de “denúncias infundadas de um ex-funcionário da empresa, que de forma inconsequente faz afirmações que não condizem com a realidade dos fatos”.

Marco Aurélio D'Eça

2 Comments

  1. Esse doador está muito enrolado. O legado de Flávio Dino será deixar um governo marcado por várias denúncias de corrupção e vários dos seus assessores e ex-secretários encalacrados com a PF, MPF, TCU e Justiça . Esse Caso EMAP e os desvios de R$ 18 milhões na Secretaria de Saúde, bem como os “Aluguéis Camaradas” são emblemáticos.

  2. O G1 publicou ontem que a Lagoa da Jansen está fedendo. Ora, ora a candidata sarneyzista recebeu em sua 1ª “administração”, se não estou engado 13 milhões de dólares pra despoluir a Lagoa. A Lagoa foi despoluída?, Cadê o dinheiro?

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