Governador comunista faz “corpo mole” na campanha presidencial para sair-se como “dono da candidatura” em um eventual segundo turno entre o petista o capitão Jair Bolsonaro
O silêncio do governador Flávio Dino (PCdoB) sobre a campanha presidencial incomodou petistas que foram com ele nesta quinta-feira, 4, a evento de campanha em Santa Inês.
– Não havia santinhos no comitê nem material de campanha; e Flávio Dino não cita sequer o nome de Haddad em seus comícios – afirmou um petista presente ao evento, incomodado com o silêncio do comunista.
Mas há uma estratégia para o posicionamento do governador.
Além de não se queimar com eleitores do adversário de Haddad, o capitão Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Dino espera que o petista tenha menos votos que ele próprio no estado. (Entenda aqui)
Desde 2002, quando Lula se elegeu presidente pela primeira vez, o Maranhão dá votações estratosféricas aos candidatos do PT – e essas votações são sempre muito superiores às dos próprios governadores.
Flávio Dino quer quebrar esta lógica.
Ele espera ver Haddad com votação menor que a sua no primeiro turno para, no segundo, sair-se como pai de uma eventual campanha vitoriosa.
E chegar com respaldo na mesa de negociações de um eventual governo petista…