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Após tom de “ódio”, aliados de Bolsonaro tentam aliviar discurso contra oposição

Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, percebendo a estrategia equivocada tentou colocar “panos quentes”, ao assumir cargo. Resta saber se o presidente seguirá a mesma lógica.

Os próprios aliados perceberam tom acima da medida das primeiras palavras de Bolsonaro e tentam diminuir o ímpeto da fala.

Depois de um discurso carregado de elementos ideológicos e travestidos de papel de “candidato”, aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) tentaram nesta quarta-feira (2), primeiro dia de fato de trabalho da nova gestão federal, diminuir o tom. Em algumas falas, a ideia era sinalizar com a oposição.

A mais contundente fala neste caminho foi do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo o novo líder do Governo, disputas políticas e ideológicas devem ser travadas, no entanto, com ponderação e sempre pensando no bem maior, que é a população brasileira. “É importante pedir um pacto político entre governo e oposição pelo amor ao Brasil. Não é possível que a oposição não compreenda, assim como o Governo”, disse. 

Para Lorenzoni, o governo Bolsonaro não recebeu um “papel em branco” e deve construir a nação mais justa com todos. A fala do novo chefe da Casa Civil também é uma tentativa de colocar panos quentes na relação que promete ser tensa entre Executivo e Legislativo Federal. A pauta da previdência, por exemplo, deverá ser uma das primeiras encaminhadas ao Congresso.

Marco Aurélio D'Eça

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