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CPI da Cyrela: diretor da empresa é ouvido em São Paulo…

Antonio Carlos Zorzi foi ouvido na sede da Assembleia Legislativa paulistas, com a presença dos deputados Zé Inácio, Rogério Cafeteira, César Pires e Vinícius Louro

 

Sob a presidência de Zé Inácio, deputados foram a São Paulo ouvir dono da Cyrella

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades nas obras residenciais da construtora Cyrela, em São Luís, ouviu, nesta quinta-feira (17), o diretor do grupo, Antônio Carlos Zorzi.

Ele foi ouvido  na sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) pelos deputados Zé Inácio (PT), presidente da CPI; Rogério Cafeteira (DEM), relator; César Pires (PV) e Vinicius Louro (PR), também integrantes da comissão.

No depoimento, o diretor do Grupo Cyrela respondeu aos questionamentos sobre os projetos de engenharia e arquitetura, além da emissão das licenças necessárias para a construção dos condomínios Jardins de Toscana e Provence, Residencial Vitória e Pleno Residencial.

– A Cyrela reconhece e já pediu desculpas pelas falhas nos empreendimentos de São Luís. Estamos com uma equipe técnica atuando fortemente para sanar essas falhas – declarou o diretor, destacando que, na época, não só os empreendimento de São Luís apresentaram falhas estruturais mas, também, de outras localidades, em razão, segundo ele, de um “boom” de construções simultâneas, o que acabou comprometendo a seleção de um corpo técnico mais eficiente.

Os parlamentares indagaram, principalmente, sobre os problemas no Residencial Vitória, considerados mais graves, uma vez que a construção ocorreu em Área de Preservação Permanente, e cuja Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) foi feita às margens do Rio Paciência.

– Na sua experiência, como engenheiro de uma grande empresa, o que levou a Cyrela a cometer esse tipo de erro, de equívoco? Foi desconhecimento da legislação? – questionou o deputado Zé Inácio.

Antônio Carlos Zorzi alegou desconhecimento em relação à emissão das licenças ambientais para a construção de empreendimentos em áreas proibidas, reforçando que, em todas as construções, o setor de engenharia seguiu os projetos aprovados.

– Quando erramos não é por querermos, mas assumimos a nossa responsabilidade – disse.

Ao final da oitiva, os deputados Zé Inácio e Rogério Cafeteira, presidente e relator da CPI, respectivamente, pontuaram que o depoimento do diretor da Cyrela foi conclusivo para que seja elaborado e apresentado um relatório a contento.

– O trabalho da CPI está indo além da investigação dessa relação de consumo. Estamos tentando identificar, sobretudo, quais foram as motivações que levaram à concessão de licença ambiental, alvará de construção, Habite-se, em alguns casos, no nosso entendimento, de forma irregular. Tudo isso constará no relatório – finalizou Zé Inácio.

Os engenheiros civis Leonardo Camasseto e Jorge Gabriel Neto, que também foram convocados, não compareceram à oitiva.

Mas, em acordo com o Grupo Cyrela, devem apresentar-se para prestar esclarecimentos nesta sexta-feira (18), às 9h, também na Alesp.

Marco Aurélio D'Eça

One Comment

  1. ALVARÁS, HABITE-SE E LICENÇAS AMBIENTAIS FAJUTAS NO MA E PRINCIPALMENTE EM SÃO LUÍS NESSES ÚLTIMOS 20 ANOS É UMA CONSTANTE. SE FOREM INVESTIGAR TODOS OS GRANDES EMPREENDIMENTOS HABITACIONAIS E COMERCIAIS DOS ÚLTIMOS ANOS, VAI SER UMA BOMBA! SE NÃO TIVER QUE DEMOLIR UMA BOA QUANTIDADE! DIZEM QUE ESSA INDÚSTRIA IRRIGOU E IRRIGA OS BOLSOS DE MUITA GENTE.

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