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O fator Luis Fernando e suas implicações no projeto Flávio Dino…

Há diversas causas e consequências que podem influenciar a saída do prefeito para ocupar um posto no governo comunista, mesmo em desavença com aliados de peso, como Weverton Rocha e Edimar Cutrim

 

Flávio Dino e Luis Fernando Silva: de ex-adversários a aliados com projetos comuns

Não é fácil a resolução da equação que o governador Flávio Dino (PCdoB) tenta montar para tirar o prefeito Luís Fernando Silva (PSDB) de São José de Ribamar e levá-lo para o seu governo,

Silva é desafeto de pesos-pesados da aliança que elegeu e reelegeu Flávio Dino – o que inclui a família do conselheiro do TCE, Edimar Cutrim, e o senador Weverton Rocha (PDT).

Por outro lado, tem relações próximas com o vice-governador Carlos Brandão (PRB) e com o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB).

Estaria Flávio Dino, neste caso, preparando terreno para 2022 e buscando a blindagem da candidatura do seu vice Carlos Brandão?!?

Para responder a esta pergunta, é preciso avaliar, primeiro, a movimentação pelas eleições de 2020, sobretudo na Grande São Luís.

Embora ainda não declaradamente candidato a governador, o senador Weverton Rocha vem trabalhando a construção de uma base sólida, que garanta aliados nas principais prefeituras da Ilha, sobretudo as de São Luís e a de Ribamar.

Para isso, Weverton e seu PDT estão dispostos, inclusive, a abrir mão da cabeça de chapa na capital maranhense; por isso a aproximação com o deputado Neto Evangelista (DEM), que tem potencial para polarizar a disputa com Eduardo Braide (PMN).

Mas este movimento faz também o DEM ser rechaçado no governo Dino – tanto que Evangelista sequer foi cogitado a voltar à Secretaria de Desenvolvimento Social.

Família Cutrm: poder político e alianças pontuais com Weverton Rocha

Com Luis Fernando no comando de uma pasta de peso, Dino constrói a trinca que necessita para fazer frente a um eventual poderio pedetista contra a candidatura de Brandão.

Sobretudo pelo fato de que, nas eleições de 2020 – pelo que se desenha no horizonte – São Luís só terá dois caminhos: a eleição de um aliado de Weverton ou a vitória do oposicionista Eduardo Braide.

Neste caso, não se descarta sequer o apoio de setores do governo – mais ligados a Brandão – ao próprio Braide.

Por isso, quem quiser compreender o xadrez de 2022 tem que entender também o xadrez de 2020.

É simples assim…

Marco Aurélio D'Eça

4 Comments

  1. Análise bem consistente, realmente faz sentido. Vejamos quais serão as próximas peças mexidas no tabuleiro.

  2. Luis Fernando vai se ferrar se embarcar nos planos mirabolantes de Flávio Dino, vão brigar em uma semana. Só fica perto de FD quem é puxa saco ou sangue de barata.

  3. Qual Trinca? FD, LF e CB?
    Hoje LF está isolado. Como ele poderia somar no Gov FD e fazer frente à weverton

  4. LF fará a mesma merda pela segunda vez!
    Será que o eterno vice, Eudes assume a prefeitura de SJR?

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