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Novos políticos, velhas práticas…

Submissos ao poder do governo Flávio Dino – em uma assembleia com apenas três parlamentares efetivamente de oposição – deputados subvertem aos próprios compromissos eleitorais de lutar pelo povo

 

Eleitos com o discurso da “nova política”, muitos dos que formam a base governista repetem as velhas práticas na Assembleia Legislativa do Maranhão. Num plenário em que somente três parlamentares – César Pires (PV), Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PSDB) – têm posicionamento crítico em relação ao governo Flávio Dino, o Legislativo segue com total submissão ao Executivo estadual.

Nenhum dos deputados eleitos prometendo fazer uma “nova política” conseguiu manter na Assembleia o pacto feito durante a campanha eleitoral de defender os interesses do povo, e continuam com as práticas que condenavam em seus discursos.

Hoje o que se vê são esses mesmos políticos aprovando todas as propostas do governo Flávio Dino, sem qualquer questionamento, mesmo contrariando a vontade da população. Seus discursos estão distanciados de suas promessas.

Além de manter a submissão ao governo nas votações na Assembleia, os “novos” parlamentares abrem mão de outra obrigação que assumiram quando foram eleitos: a de fiscalizar os atos do Executivo. E assim, obedientes ao governador e não aos seus eleitores, barram todas as iniciativas da oposição que visam garantir transparência na gestão dos recursos públicos, como pedidos de informações e convocação de gestores.

E vão além na submissão: fecham os olhos para a incapacidade do governo estadual em atender as principais necessidades da população, como a recuperação das estradas estaduais e a manutenção de serviços de saúde com qualidade.

Para tentar manter a imagem do “novo”, inovam na formulação de leis inócuas e na renovação de promessas que, sabem, não serão cumpridas, pois dependem da vontade do governo que exerce total controle dos seus mandatos.

Cedem suas prerrogativas ao Executivo na esperança de receber algum benefício, mas nem mesmo têm atendidas as demandas que levam ao governo.

Marco Aurélio D'Eça

6 Comments

  1. Excelente análise !!! Parabéns !!!
    De fato é o que se vê, subserviência vergonhosa !!!

  2. Que maravilha de artigo, muito bem elaborado e bastante dinâmico também, muita qualidade em um só post, vou até da uma espiada nos outros, muito grato por essas informações!

  3. JÁ FALEI VOU FALAR NOVAMENTE A FALADA RENOVAÇÃO FOI COMO EU DISSE, APENAS DE ROSTO POIS AS ATITUDES CONTINUAM AS MESMAS SUBALTERNOS EMPREGADOS DO GOVERNADOR SO TEM OLHOS PARA SEUS UMBIGOS QUANDO DEVERIAM TRABALHAR EM BENEFICIO DO POVO. PARA ELES O POVO E APENAS UM DETALHE. ACORDA MEU POVO.

  4. Vemos umas propostas de Lei ou complementação de Lei, sem alguma importância ao dia-a-dia do povo…!

  5. Estenderia essas velhas práticas também ao Judiciário (o TJ propriamente dito – os desembargadores) e ao Ministério Público, todos submissos ao Executivo. Na realidade, tomam benção ao governador. A exceção fica por conta dos Juízes de primeiro grau (que julgam de acordo com suas convicções) e Promotores de Justiça que procuram cumprir com seus deveres sem subserviência. No mais, é apenas um jogo de cartas marcadas, um verdadeiro faz de contas, onde o Executivo leva vantagem nas demandas judiciais, principalmente em segundo grau (onde quase sempre vira o jogo), pois temos um Tribunal eminentemente político, que dificilmente terá coragem de decidir contra o governador. É o famoso toma lá e dá cá. O chefe do Executivo deve se vangloriar, pois está tudo dominado na república do MA.

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