Em depoimento à Polícia Federal, Walter Delgatti Neto contou como acessou as contas do Telegram do ex-juiz e do procurador, garantiu que não editou nenhuma conversa entre os dois e confirmou que não conhece o jornalista Gleen Grennwald, responsável pela divulgação dos áudios
O depoimento do hacker Walter Delgatti Neto – acusado de ser o responsável pelo grampo nas conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol – é uma espécie de pá-de-cal nas pretensões de Moro de negar a manipulação do julgamento de Lula.
O hacker não apenas confirmou a autenticidades das conversas entre o ex-juiz e o procurador como também revelou não conhecer o jornalista Gleen Grennwald; e muito menos a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB).
No depoimento à Polícia Federal, Delgatti explicou como chegou à conta de Dallagnol e disse que, só após ver o conteúdo das conversas dele com procuradores e com Moro, achou que tinha coisa errada nisso.
Foi então que procurou, via mensagem, a deputada Manuela D’Ávila – que a principio desconfiou, mas se convenceu após ouvir um dos áudios. Manuela repassou o número a Grennwald, que também falou com Delgatti apenas por telefone.
E entendeu que as conversas eram de interesse público.
Como de fato são.
Se Moro queria – com a prisão do hacker – tentar destruir provas da autenticidade das conversas, ele apenas contribuiu para que elas fossem autenticadas.
Em outras palavras: está provado que ele manipulou a operação Lava Jato para levar à condenação de Lula.
A palavra, agora, está com o Supremo Tribunal Federal.
E não há outra saída, a não ser a anulação do julgamento.
Simples assim…