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Lava Jato usou práticas da máfia para garantir investigação, revela escuta…

Então juiz Sérgio Moro, que coordenava a operação, e procuradores que conduziam as investigações chegaram a usar métodos truculentos contra a filha de um acusado para ameaçá-lo a fazer delação, revela The Intercept

 

OS INTOCÁVEIS, CLÁSSICO DO CINEMA, MOSTRA UM GRUPO DE JUSTICEIROS da polícia americana, que agia nos anos 30, sem limites para alcançar seus objetivos

Novos áudios revelados pelo site The Intercept, neta quarta-feira, 11, revelam que o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro – e seu parceiros do Ministério Público – usaram métodos criminosos para alcançar revelações de investigados na operação.

Segundo diálogos que vieram a público, o MPF propôs – e Sérgio Moro concordou – com a pressão truculenta à filha de Raul Schmidt, brasileiro com cidadania portuguesa – para ameaçá-lo.

Detalhe: a filha do empresário – Nathalie Angerami Priante Schmidt Felippe – sequer era investigada pela Lava Jato.

Veja o que propôs o procurador Diogo Castor de Matos em um dos grupos cujas conversas vazaram ao The Inrtercept:

“Prezados, gostaria de submeter à analise de todos a questão da operação na filha do raul schmidt.. basicamente, ela esta envolvida em algumas lavagens por ser beneficiária de uma offshore do pai.. pensamos em fazer uma operação nela para tentar localizá-lo.. oq acham?”

No dia seguinte a esta proposta o MPF pediu a Moro que a filha de Raul Schmidt fosse proibida de deixar o Brasil. Além do passaporte, pediram busca e apreensão na casa de Nathalie, bloqueios em contas bancárias dela e da empresa dela, quebras de sigilo fiscal e do sigilo das mensagens de um número dela no WhatsApp.

O próprio Moro reconheceu que a mulher nada tinha a ver com a investigação.

Mas o então juiz decidiu, mesmo assim, atender ao pedido dos procuradores-mafiosos; e autorizou o constrangimento contra Nathalie.

A própria defesa de Nathalie conta como foi a operação contra ela, em pedido de Habeas Corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“Três agentes da Polícia Federal portando metralhadora ingressaram na residência da paciente de forma truculenta, exigindo, aos berros, que ela revelasse o atual paradeiro do seu genitor, sob ameaça de ‘evitar dor de cabeça para seu filho’, referindo-se à criança dela, um menino então com sete anos”, revelou a defesa, em Habeas Corpous ao TRF-4.

A revelação do The Intercept reafirma as práticas criminosas de membros do Ministério Público para alcançar seus objetivos; e revela a máfia que se instalou no país para influenciar na política brasileira.

 

Marco Aurélio D'Eça

2 Comments

  1. Dê algumas letras sobre a situação do deputado marido do gringo, nobre jornalista. Na mesma situação, você já escreveu rios e mares de letras sobre Flávio Bolsonaro.

  2. Só uma dúvida.
    Ela chegou a ser processada?
    Ela foi autora do crime de lavagem de dinheiro. Logo, também, deveria estar presa e condenada.

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