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Para Weverton Rocha, “é preciso chamar os que têm juízo no país”

Ao aprovar indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República, senador maranhense alertou que, para dar uma luz à sociedade, político tem que fazer política e magistrado o que a Constituição lhe confere

 

WEVERTON FEZ QUESTIONAMENTOS A ARAS, MAS DECIDIU APROVAR O NOME DO PROCURADOR PARA COMANDAR O MPF, por gesto de entendimento institucional

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira (25), por 23 votos a 3, a indicação de Augusto Aras para Procurador Geral da República. O senador maranhense Weverton (PDT), que votou favorável ao nome de Aras, aproveitou a sabatina para fazer um apelo para o diálogo saudável entre as instituições.

– Há espaço para os diferentes, para discutirmos de forma civilizada e está na hora de chamarmos os de juízo na nossa República para começarmos a colocar as coisas nos devidos lugares: os políticos fazendo política, os magistrados fazendo o que a Constituição lhe confere, assim como os membros do MP. Assim nós poderemos dar uma luz para a sociedade no meio desse túnel escuro – afirmou.

O senador mostrou preocupação com o que vem sendo chamado de ativismo político judicial e do Ministério Público e questionou o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a PGR sobre o assunto. Weverton criticou a atuação de alguns integrantes do MP que agem movidos por convicções e motivos ideológicos.

– Não são todos, mas esses procuradores que atuam assim prejudicam o trabalho de todos os outros. Eu acredito na instituição, mas não se pode extrapolar o que está na Constituição. Quem quer ser político que abandone a magistratura ou o MP, mas não use a Justiça para fazer ativismo – disse o parlamentar.

Para o senador, é fundamental para o Brasil que o Ministério Público atue de forma imparcial e de acordo com o que a lei determina.

A indicação agora será votada no Plenário do Senado, ainda nesta quarta-feira. Ambas as votações são secretas.

Marco Aurélio D'Eça

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