A menos de 10 meses das eleições, deputado estadual não consegue agregar ao seu projeto de candidatura a prefeito nem mesmo partidos aliados ao seu grupo político; e pode deixar a disputa com cacife menor do que entrou
Faltando apenas 10 meses para as eleições de outubro, o pré-candidato do PV a prefeito de São Luís, deputado Adriano Sarney, vive um drama.
Mesmo sem levar em consideração os números das pesquisas – e analisando apenas sob o aspecto das articulações político-partidárias – o parlamentar está em um patamar que pode diminuir seu cacife ao longo da campanha.
Adriano Sarney não conseguiu agregar nenhum dos partidos históricos da base do sarneysimo – como MDB e PSD – e ainda teve que aturar o surgimento da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) nas pequisas, o que ofuscou seu próprio nome, forçando-o a uma declaração de que será candidato com ou sem a presença da tia.
Em alguns momentos, declarações como a sua – a exemplo do que ocorre também com outro oposicionista, Wellington do Curso, em relação ao PSDB – são acusações de golpes e sintomas de desespero político.
Além, do aspecto eleitoral, o neto do ex-presidente José Sarney isolou-se na Assembleia; e nem na tribuna consegue abrir debate sobre São Luís, o que, a essas alturas, seria fundamental para sua candidatura.
Adriano Sarney tem até agosto para consolidar seu nome; mas precisa ter a consciência de que, se decidir concorrer de qualquer jeito, pode sair do pleito bem menor do que entrou.
Mas pode desistir e levar o seu PV a uma aliança que aponte para futuro crescimento partidário sem personalismo.
O candidato tem seis meses para esta reflexão…