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“Libera-geral” de Flávio Dino simboliza fim da quarentena no MA

Ao lavar as mãos para o controle do distanciamento social decretado por ele mesmo, Governo do Estado estimula população a sair às ruas e gerar aglomerações em vários pontos, diante do novo recorde de casos de coVID-19 e da falta de fiscalização, também desprezada pelas autoridades

 

A festa popular na Rua Grande simbolizou o fim do isolamento social na Grande São Luís, mas as aglomerações se espalham desde sábado também pelo interior

Editorial

O primeiro dia do “libera-geral” das atividades comerciais, decretado pelo governador Flávio Dino (PCdoB), simbolizou nesta segunda-feira, 25, também o fim da quarentena da pandemia de coronavírus no Maranhão.

Sem controle das próprias autoridades, sem a necessária fiscalização – da qual Dino e os prefeitos lavaram as mãos – a população foi em massa aos principais centros comerciais de São Luís.

Numa demonstração clara de que parece ter cansado na luta contra a pandemia, Flávio Dino não deu entrevistas, não divulgou notas e se limitou a publicar em suas redes sociais um pedido para que a própria população fiscalizasse o cumprimento do seu decreto.

E no dia em que o Maranhão batia mais um recorde de mortes pela coVID-19 – com 1,5 mil novos casos e 33 mortes em 24 horas – as lojas, liberadas ou não, abriram as portas; e gente com ou sem máscaras foi às ruas, decretando o fim simbólico do isolamento social.

Mas o fim da quarentena já havia sido decretado no fim de semana, com praias e parques cheios e até bares e grupos fazendo festas, em São Luís e no interior. 

Flávio Dino se limitou a pedir que a população denuncie seus vizinhos, colegas e concorrentes, lavando as mãos em relação às próprias responsabilidades na pandemia

O pior é que as autoridades não demonstram mais o mesmo interesse na luta pelo controle de suas medidas contra a coVID-19.

Nas redes sociais, o discurso de secretários, auxiliares e aliados políticos do governo comunista era o mesmo: “o governo não pode tutelar o povo; o cidadão precisa ter consciência”.

Sem fiscalização, sem controle e sem coerção policial, o movimento nas ruas só tende a aumentar, à medida que mais pessoas forem percebendo o desinteresse do governo.

E assim, o Maranhão precisará de milagre para não entrar em colapso no atendimento à coVID-19…

Marco Aurélio D'Eça

6 Comments

  1. Cogitar Isolamento social no Brasil é desconhecer completamente os aspectos sociais e antropológicos da nossa sociedade.
    Nossas cidades não são planejadas, a grande maioria das pessoas vivem em favelas (comunidades). As pessoas não tem acesso a saneamento básico.
    O máximo que pode ser feito é o fechamento de escolas e proibição de grandes eventos. No mais, não tem como.
    Infelizmente nossa vida já é um colapso. Nosso sistema de saúde já é um colapso. Somos sobreviventes.

  2. Não votei em Dino, muito menos em Bolsonaro, pois não vejo com bons olhos esse papo de politico salvador da pátria, mas contar com a participação popular nesse isolamento com esse monte de gente que gosta de tá andando na rua muita vezes de bobeira e com esse presidente pedindo para o pessoal não cumprir o isolamento é difícil.

  3. Vai chegar um zap é no celular dele, avisando que a Policia Federal esta na porta dele. Brevemente! O do Rio de Janeiro ja esta todo enrolado.

  4. Nunca fiz defesa do governo comunista, mais lutar contra a falta de compreensão da população é algo impossível.para que se tenha um resultado satisfatório no.enfrentamento da PANDEMIA, por outro lado temos um presidente populista que incentiva o povo.pra ir às ruas ,torna-se a situação muito difícil de ser contida com.eficacia o controle do distanciamento social

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