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Favorito absoluto, Eduardo Braide ignora provocações de adversários

A exceção de Neto Evangelista, Bira do Pindaré e Carlos Madeira – que também apostam em vaga no segundo turno – candidatos da base de Flávio Dino tentam chamar atenção do deputado que lidera as pesquisas, mas ele prefere continuar dialogando diretamente com a população

 

Avesso ao bate-boca público, Eduardo Braide segue líder nas pesquisas ignorando adversários e com chances de vencer em primeiro turno

O consórcio de candidatos do governo Flávio Dino na disputa pela Prefeitura de São Luís disputa renhidamente entre si uma vaga no segundo turno das eleições de novembro.

Para isso, tentam se destacar polarizando o debate com o favorito na disputa, deputado federal Eduardo Braide (Podemos), que lidera todas as pesquisas, com amplas chances de vencer em primeiro turno.

Já tentaram chamar a atenção de Braide os candidatos Dr. Yglésio (Pros) e Duarte Júnior (Republicanos), ambos ignorados pelo adversário.

Agora, Jeisael Marx (Rede) e o principal candidato do Palácio dos Leões, Rubens Júnior (PCdoB), também tentam fazer-se notar pelo líder nas pesquisas.

E Braide os ignora solenemente. (Entenda aqui)

Dos adversários de Braide, apenas Neto Evangelista (DEM), Carlos Madeira (Solidariedade) e Bira do Pindaré (PSB) – todos com chances reais de ir ao segundo turno – fazem campanha propositiva, discutindo os problemas de São Luís, ignorando o primeiro colocado na disputa. 

Perfil de distanciamento

Dr. Yglésio foi o primeiro a tentar polarizar com Braide; o máximo que conseguiu foi um cumprimento formal e a derrota em um primeiro processo judicial

Eleito deputado estadual em 2010, Eduardo Braide tem uma postura característica que diverge da maior parte da cultura política impregnada no Maranhão.

Auto-isolado, ele é avesso ao toma-lá-dá-cá característico das negociatas que envolvem o meio, e resiste a ser tutelado por grupos ou supostas lideranças.

Este perfil influenciou para o bem e para o mal em 2016, quando saiu de 2% nas intenções de votos para a quase-vitória em segundo turno, como foi estimado pelo blog Marco Aurélio D’Eça em um post ainda em maio daquele ano, intitulado “O Fator Eduardo Braide…”.

De lá para cá, o candidato vem mantendo a mesma postura, tanto em relação a políticos quanto à imprensa; calado e distante, prefere responder às provocações pelo caminho do Direito, com ações judiciais contra o que considera ataques.

O parlamentar só deverá estar mais “vulnerável” nos debates que devem ocorrer durante a campanha – se a pandemia permitir.

Mas, neste caso, terá também o trunfo do bate-rebate ao vivo, o mesmo que o levou ao segundo turno de 2016.

E neste caso, a história pode se repetir; basta aos que tentam se fazer notar por ele se enervar a ponto de perder as estribeiras na primeira oportunidade cara-cara.

Aí se repetirá o efeito 2016; mas agora favorecendo a decisão em primeiro turno.

Simples assim…

Marco Aurélio D'Eça

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